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Decoração oriental: madeira, cerâmicas e símbolos sagrados deixam seu lar zen

Mistura de tradição e sutileza leva arquitetos e moradores a resgatar elementos da cultura milenar. Cerâmicas, mobiliário em madeira e figuras de animais são bons representantes

Seja pela filosofia zen, seja pela estética, há quem — mesmo sem ter descendência asiática — queira um lar com estilo oriental. A justificativa é de que muitos dos elementos são capazes de traduzir alegria, simplicidade, harmonia e dá para usá-los de um jeito fácil. Se bem equilibrado, o resultado é um décor de personalidade.

A arquiteta Cristiane Schiavoni (@cristianeschiavoni), à frente do escritório que leva o seu nome, afirma, primeiro, que há diferenças entre as bases tailandesa, chinesa e japonesa, algumas das que costumam inspirar a decoração nessa linha. A tailandesa se destaca pelas padronagens e pelos símbolos sagrados, como budas. A chinesa leva luminárias e muito vermelho. A japonesa, poucos elementos. "Essa última se aproxima da escandinava, com o uso de materiais naturais e resultado minimalista", explica. Ainda assim, pode-se dizer que há um ponto em comum entre as vertentes: "Sensação de paz interior", define Cristiane.

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Desenhos de carpas e tigres remetem à cultura e podem estampar paredes inteiras ou um cantinho ao qual se deseja dar mais atenção. As cerejeiras — que guardam significado especial de brevidade da existência e esperança — podem compor o jardim ou servir de referência para algum cômodo. "É preciso tomar cuidado para não deixar o ambiente exageradamente temático. Quando temos uma inspiração para um projeto, devemos pegar o conceito com cuidado, fugindo de um resultado forçado", aconselha.

Segundo Edmundo Gallo Rodrigues, da Espaço Til, não podem faltar estátuas, mesmo em versões pequenas: "Os deuses mais comuns e conhecidos são os Budas e Ganeshas. Em suas diferentes variações de tamanho, representações e materiais, são um verdadeiro convite à reconexão".

Reprodução/Pinterest - Os galhos de cerejeira e a estátua realçam a mesa de centro

Mas nem só de boas energias se faz o estilo com pegada oriental. A funcionalidade também é protagonista. "Portas de madeira e divisórias em papel de arroz japonês são opções modernas que criam divisões entre cômodos sem bloquear a passagem de luz", aconselha Cristiane. O uso da palha, fácil de limpar, em luminárias, no teto ou no piso também é versátil.

Detalhes à altura

Por causa do hábito asiático de consumir chás, principalmente após as refeições, conjuntos de porcelana e cerâmica remetem ao estilo com muito sucesso. Para levar a tradição para dentro de casa, dedique um espaço na sala de jantar ou sala de estar, posicione uma bandeja de bambu e bules com detalhes.

Espaço Til - Texturas orgânicas são a cara do estilo oriental

Edmundo ainda cita as almofadas: "Além de garantir um conforto extra em sofás e poltronas, podem ser posicionadas no chão, em cima de um tapete mesmo, e compor um espaço de relaxamento único", explica o designer de interiores, que atende cada vez mais clientes interessados em decorar o lar com elementos de significado e, ao mesmo tempo, práticos.

Cômodos menos óbvios quando o assunto é decoração, como o lavabo e a cozinha, também recebem bem a ideia. Para tal, vale investir em vasinhos e adornos menores, coloridos e vibrantes.

Reprodução/Pinterest - Vermelho e dourado se mesclam ao branco e podem tirar o cômodo do lugar-comum
Reprodução/Pinterest - Delicadas esquadrias de madeira e papel de arroz aproveitam a luminosidade
Carlos Piratininga - Aqui, Cristiane Schiavoni integrou ao corredor a figura do Buda e um oratório budista, conhecido como butsudan
Carlos Piratininga - O papel de parede e o arranjo marcam presença no hall deste apartamento