De acordo com Alvaro, o soluço é o resultado de uma contração involuntária anormal do músculo que atua na respiração: o diafragma, que separa o tórax do abdome e os intercostais — localizados entre as costelas
'A grande maioria dos soluços não representam gravidade e se resolve espontaneamente', afirma o especialista. 'Quadros mais longos, que duram mais de 48h podem trazer impactos na qualidade de vida como dor, insônia, fadiga e estresse'
'Os casos mais prolongados devem ser avaliados por um médico tanto para controle de sintomas como para investigação da causa, que nesses casos pode decorrer de alterações estruturais, tóxicas, infecciosas ou inflamatórias', informa
Manobras simples e difundidas pelo conhecimento popular ajudam a interromper o soluço, como beber água, prender a respiração ou pressionar levemente os olhos fechados
'Essas manobras, além de terem baixos riscos de complicações, costumam ter boa resposta em grande parte dos casos', o médico informa. 'Nos casos de soluços prolongados, podem ser utilizadas medicações que vão desde protetores gástricos até anticonvulsivantes, sempre sob prescrição médica'
Alvaro adverte que é importante ter cuidado na realização das manobras, para que não sejam feitas de forma desmedida — como prender a respiração por longos períodos ou ingerir líquidos em grandes quantidades — e acabem por prejudicar o paciente
'A ingesta de líquidos gasosos, bem como a ingesta alimentar ou líquida, em grande quantidade pode piorar o quadro do soluço em vez de melhorá-lo. E é sempre importante recordar que o uso de medicações só deve ser feito com orientação médica', alerta o especialista
*Estagiário sob a supervisão de