ROUBO HISTÓRICO

Assalto ao Banco Central: o roubo milionário que virou filme


Em 2005, uma quadrilha executou um plano audacioso que chocou o país, levando uma fortuna de cofres federais

Por Maria Luiza Campelo
Reprodução/Leonardo Sá/Agência Senado/Flicker

O início do plano audacioso

Em agosto de 2005, Fortaleza foi palco de um dos maiores assaltos da história. Uma quadrilha planejou por meses o furto ao Banco Central, alugando uma casa e preparando um ataque sem precedentes

Pixabay

A fachada perfeita

Para disfarçar a operação, a quadrilha montou uma empresa de fachada, de venda de grama sintética, na casa alugada. O intenso entra e sai de materiais e caminhões para 'obras' serviu para camuflar a escavação do túnel, sem levantar suspeitas

Reprodução/Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O túnel da fortuna

Os criminosos trabalharam por cerca de três meses na escavação de um túnel de quase 80 metros. Ele ligava a casa alugada diretamente ao cofre do Banco Central, e tinha ventilação e iluminação próprias

Pixabay

A invasão do cofre

Após meses de escavação minuciosa, a quadrilha alcançou seu objetivo: o subsolo do Banco Central. Com equipamentos sofisticados, os criminosos conseguiram romper a laje de concreto reforçada do cofre, abrindo caminho para o dinheiro

Reprodução/Agência Brasil

A programação milimétrica

O sucesso do assalto dependeu de uma programação milimétrica. A invasão foi planejada para o fim de semana, com o túnel sendo acessado na noite de sexta-feira. Isso garantia que a quadrilha teria tempo suficiente para operar dentro do cofre e transportar o dinheiro sem serem notados antes da abertura do banco, na segunda-feira

Pixabay

O roubo milionário

Na madrugada de 6 para 7 de agosto de 2005, a quadrilha invadiu o cofre e levou cerca de R$ 164,7 milhões em notas de R$ 50. O furto só foi descoberto na segunda-feira seguinte, quando os funcionários voltaram ao trabalho. O valor equivaleria, hoje, a R$ 582 milhões, com a correção inflacionária

Pixabay

O dinheiro sem rastro

Um dos fatores que dificultou a recuperação do dinheiro foi o fato de as notas roubadas não terem numeração de série. Isso as tornava praticamente impossíveis de serem rastreadas, complicando a investigação policial

Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A descoberta e a perseguição

A ausência do dinheiro foi notada apenas quando os funcionários do Banco Central retornaram ao trabalho. A partir daí, uma megaoperação policial foi montada para caçar os envolvidos no crime, que se espalharam pelo país

Reprodução/Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Consequências e prisões

Ao longo dos anos, muitos dos envolvidos foram presos ou morreram em confrontos. A maior parte do dinheiro nunca foi recuperada pelas autoridades, tornando o caso ainda mais emblemático na história criminal brasileira

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O crime que virou filme

A audácia e complexidade do assalto inspiraram o cinema nacional. Em 2011, o filme 'Assalto ao Banco Central' foi lançado, recontando a história do roubo e popularizando ainda mais esse episódio surpreendente

Reprodução/Leonardo Sá/Agência Senado/Flicker

Um legado de mistério

Mesmo após quase duas décadas, o assalto ao Banco Central de Fortaleza continua sendo um dos crimes mais fascinantes e misteriosos do Brasil. A história serve como um lembrete da engenhosidade do crime organizado e seus impactos duradouros

Divulgação/PF