O triplo homicídio ocorreu em agosto de 2009 e ficou conhecido como 'caso da 113 sul', em referência à quadra onde viviam as vítimas, em Brasília. A defesa pede a anulação da sentença do Tribunal do Júri, alegando irregularidades e cerceamento
Júlio NoronhaO caso ganhou repercussão após o advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Villela, a esposa dele, Maria Carvalho, e a empregada da família, Francisca da Silva, serem encontrados mortos com mais de 70 facadas, no apartamento onde viviam
Globoplay/ DivulgaçãoAdriana Villela foi considerada a mandante dos crimes. Ela teria contratado Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio, para cometer os homicídios, oferecendo dinheiro e joias como pagamento. Leonardo combinou a execução com o sobrinho, Paulo Cardoso Santana, e com Francisco Mairlon Barros Aguiar, eles também seriam recompensados
Adauto Cruz/CBEm 2019, Adriana Villela foi a júri popular e recebeu pena de 67 anos e meio de detenção, mas saiu do tribunal em liberdade, após sua defesa alegar que não teve acesso a todas as provas, pedindo ao STJ a anulação do júri
Daniel Ferreira/CB/D.A PressO julgamento do recurso começou no dia 11 de março de 2025, com o voto do relator, ministro Rogerio Schietti Cruz, que se posicionou contra a anulação do julgamento popular e a favor da execução imediata da pena. O caso foi suspenso após pedido de vista do ministro Sebastião Reis Júnior
Ana Rayssa/CB/D.A PressOs três primeiros suspeitos que a polícia prendeu, foram apontados pela vidente Rosa Maria Jaques sem qualquer conhecimento do caso. Mais tarde, as investigações mostraram que nenhum dos três tinha envolvimento com o crime
Ed Alves/CBMartha Vargas, delegada responsável pela apuração do crime, foi condenada pela prática de crimes que teriam ocorrido durante a investigação policial, incluindo plantar uma chave do apartamento entre os pertences de um dos acusados pela vidente. Ela foi presa em 2018. Atualmente, cumpre prisão domiciliar humanitária, mediante monitoração eletrônica
Marcelo Ferreira/CB/D.A PressO Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) sustentou que se tratava de homicídios triplamente qualificados. Segundo a acusação, os assassinatos de José e Maria tiveram motivo torpe, devido a desentendimentos financeiros entre os pais e a filha, que dependia deles economicamente
Ed Alves/CB/D.A PressA morte de Francisca da Silva teria ocorrido para garantir a impunidade, já que ela poderia reconhecer os autores. Além disso, os criminosos usaram meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas, que foram surpreendidas dentro de casa
Minervino Junior/CB/D.A PressO advogado de Adriana Villela é Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Kakay é um advogado que ficou conhecido por defender celebridades, políticos e grandes empresas em processos judiciais
Reprodução Youtube/STJO julgamento do recurso especial de Adriana que aconteceu nesta terça-feira (5/08), foi adiado novamente após o ministro OG Fernandes pedir mais tempo para analisar o caso. Esse é o último pedido de vista disponível. O prazo é de 60 dias, podendo ser adiado por mais 30 dias
Marcelo Ferreira/CB/D.A PressEstagiário sob supervisão de Luciana Corrêa