Trata-se da Villa Regia, que funcionava como residência de verão do rei W?adys?aw IV Vasa.
O castelo foi erguido entre 1637 e 1642 e foi devastado durante o chamado 'Dilúvio Sueco', em 1656.
Na ocasião, o palácio polonês foi saqueado e destruído por tropas suecas.
Uma barcaça que transportava os tesouros que haviam sido roubados naufragou no rio, onde os destroços permaneceram por séculos.
Uma equipe de arqueólogos da Universidade de Varsóvia, liderada por Hubert Kowalski, vem trabalhando há 15 anos no local.
Recentemente, o rebaixamento no nível do rio permitiu a descoberta de peças importantes, como uma seção de arco e um pedaço de coluna.
As peças são consideradas 'partes de um quebra-cabeça' e Wyborcza espera que elas possam trazer novas informações sobre a arquitetura do palácio.
Os achados devem integrar a exposição permanente do Museu de História Polonês, prevista para 2027.
Para o vice-diretor da instituição, Krzysztof Niewiadomski, a obra servirá para celebrar a cultura polonesa e lembrar a devastação da guerra.
O “Dilúvio Sueco” devastou dois terços da população do reino, destruindo com cerca de 90% do território de Varsóvia.
Apesar de parte do palácio ter sido reconstruído, muitos de seus tesouros originais permanecem espalhados por museus suecos.
Atualmente, no local, está o Palácio de Casimiro, sede da reitoria da Universidade de Varsóvia.
Nos últimos anos, a Polônia tem reiterado pedidos oficiais de restituição desses fragmentos com base no Tratado de Oliva, de 1660, que determina sua devolução.
Com cerca de 1,8 milhão de habitantes, Varsóvia é a atual capital e uma das cidades mais importantes da Polônia.
Marcada pela resiliência e pela reconstrução, a cidade praticamente renasceu após ser quase totalmente destruída na Segunda Guerra Mundial.
Seu centro histórico foi cuidadosamente restaurado, a ponto de ser reconhecido como Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Hoje, a cidade de Varsóvia abriga teatros, universidades, óperas e festivais de música, além de ser um polo financeiro, tecnológico.
O rio Vístula, onde foram encontrados os tesouros, é o maior e mais importante da Polônia, com cerca de 1.047 quilômetros de extensão.
Historicamente, ele foi essencial para o desenvolvimento econômico, cultural e político da Polônia, funcionando como rota de comércio desde a Idade Média e ligando o interior do país aos portos do norte.
O rio divide a cidade, separando o centro histórico da margem direita, mais moderna e em constante desenvolvimento.