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Em lançamento de cinebiografia, Bruce Springsteen diz: ‘O sonho americano não é ódio’


O ícone do rock Bruce Springsteen aproveitou a estreia de sua cinebiografia para reafirmar sua visão esperançosa em relação aos Estados Unidos, distanciando-se de discursos marcados por “censura” e “ódio”.

Por Lance
Reprodução do Instagram @springsteen

Em uma aparição surpresa no dia 28 de outubro em Nova York, durante o lançamento de “Springsteen: Salve-me do Desconhecido”, o artista, que é um notório crítico do governo de Donald Trump, afirmou que os Estados Unidos permanecem “uma terra de esperança e sonhos”, apesar dos desafios atuais.

Reprodução de Trailer Divulgação

O artista fez um alerta sobre o atual momento: 'Todos os dias, os acontecimentos nos recordam que vivemos em uma época particularmente perigosa.”

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Mesmo demonstrando preocupação com o contexto atual, Springsteen afirmou que muitos ainda veem os Estados Unidos como lugar de oportunidades: “Não de medo, divisão, censura governamental nem ódio. Esses são os Estados Unidos pelos quais vale a pena lutar.”

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Vale lembrar que Donald Trump já atacou Springsteen. Em maio de 2025, o presidente dos Estados Unidos chamou o músico de “babaca prepotente e detestável' e 'burro como uma pedra' em post em sua plataforma Truth Social.

Reprodução/TV Globo

A publicação de Trump veio em reação a declarações críticas de Springsteen ao político republicano no início da turnê “Land of Hope and Dreams”. Em um dos shows, o roqueiro afirmou que o país está sob a liderança de uma “administração corrupta, incompetente e traidora”.

Raph_PH /Wikimédia Commons

Dirigida por Scott Cooper, a cinebiografia “Springsteen: Salve-me do Desconhecido” focaliza o processo de criação de “Nebraska”, de 1982. O álbum é considerado uma obra-prima na carreira do músico.

Reprodução de Trailer Divulgação

No filme, Springsteen é interpretado por Jeremy Allen White, conhecido por seu papel na série “O Urso”.

Reprodução de Trailer Divulgação

Nascido em 23 de setembro de 1949, em Long Branch, no estado de Nova Jersey, Bruce Springsteen é um dos nomes mais emblemáticos da música americana contemporânea.

Reprodução do Instagram @springsteen

Ele cresceu em uma família de classe trabalhadora - o pai era motorista de ônibus e a mãe, secretária. Essa realidade moldou profundamente sua visão de mundo e se tornaria um dos pilares temáticos de sua obra.

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A paixão pela música surgiu cedo. Inspirado por Elvis Presley e pelos Beatles, Springsteen começou a tocar em bandas locais durante a adolescência. Na virada dos anos 1970, formou o grupo que o acompanharia por décadas, a E Street Band.

- Niteprowler /Wikimédia Commons

Combinando energia de palco, letras poéticas e uma sonoridade que mesclava o rock com o soul e o folk, o conjunto se tornou símbolo de autenticidade.

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Em 1973, Bruce lançou “Greetings from Asbury Park, N.J.”, álbum de estreia que, embora não tenha alcançado sucesso comercial imediato, revelou um compositor de talento singular e abriu caminho para o reconhecimento crítico.

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O sucesso chegou com força dois anos depois, com “Born to Run”, disco que consolidou sua imagem como o “homem da estrada”, porta-voz dos que buscam liberdade e sentido nos Estados Unidos.

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A faixa-título, épica e cinematográfica, tornou-se um hino geracional. Nos anos seguintes, Springsteen manteve uma trajetória ascendente, lançando álbuns marcantes como “Darkness on the Edge of Town” e “The River”, que aprofundaram seu retrato da vida cotidiana e das contradições sociais do país.

Divulgação

Em 1982, o astro surpreendeu o público com “Nebraska”, disco intimista gravado de forma caseira, em fita cassete, apenas com voz, violão e gaita. O álbum expôs um lado mais sombrio e reflexivo do artista, abordando temas como crime, solidão e desesperança.

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Dois anos depois, veio o estouro comercial definitivo com “Born in the U.S.A.”, que vendeu mais de 30 milhões de cópias e transformou Springsteen em um ícone mundial. Em 1999, seu nome foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame, museu dedicado ao rock em Cleveland.

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Na década de 2000, ele voltou ao centro das atenções com o álbum “The Rising”, de 2002, obra inspirada nos atentados de 11 de setembro. Nele, o artista reafirmou sua capacidade de traduzir o espírito de uma nação em tempos de crise.

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Springsteen apresentou-se duas vezes no Brasil até hoje: em 1988, no show da Anistia Internacional, e em 2013, quando tocou no Rock in Rio e em São Paulo.

daMusic - Flickr

Além da música, Springsteen destaca-se como presença política e humanista. Ao longo de sua trajetória, apoiou causas sociais, defendeu direitos civis e manifestou-se abertamente contra o extremismo e a intolerância.

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Springsteen é casado desde 1991 com a cantora e guitarrista Patti Scialfa, integrante da E Street Band e sua parceira também nos palcos. O casal tem tem três filhos: Evan James, nascido em 1990; Jessica Rae, em 1991 - amazona olímpica que representou os Estados Unidos em competições internacionais -; e Samuel Ryan, nascido em 1994, que atua como bombeiro em Nova Jersey.

Reprodução do Instagram @springsteen

Apesar da fama mundial, o músico mantém uma vida familiar discreta, frequentemente mencionando a importância da esposa e dos filhos como pilares de estabilidade emocional e inspiração em sua trajetória.

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