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Clóvis Bornay: a história do rei dos desfiles de fantasias do carnaval carioca


Há 20 anos, em 9 de outubro de 2005, morria Clóvis Bornay, um dos maiores nomes da história do carnaval brasileiro.

Por Lance
Reprodução do Facebook Museu Histórico Nacional

Figura emblemática da folia, ele se destacou como carnavalesco, museólogo e criador de fantasias luxuosas que marcaram época.

Reprodução do Youtube

Sua trajetória foi símbolo do esplendor e da criatividade que transformaram o carnaval em espetáculo de arte e beleza.

Reprodução do Youtube Caanal Focus Brasil

Nascido em 10 de janeiro de 1916, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, Clóvis era filho de pai suíço e mãe espanhola, sendo o caçula de doze irmãos.

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Desde cedo, ele demonstrou fascínio pelo brilho e pelas cores dos bailes de gala, e foi justamente nesse ambiente que iniciou seu caminho artístico.

Reprodução do Youtube Caanal Focus Brasil

Em 1937, Clóvis Bornay convenceu o diretor do Theatro Municipal do Rio de Janeiro a criar bailes de gala com concursos de fantasia - inspirados nas festas de máscaras de Veneza.

Reprodução do Instagram @clovisbornay

Naquela estreia, apresentou a fantasia “Príncipe Hindu”, conquistando o primeiro lugar e iniciando uma carreira de vitórias e aclamação.

Reprodução do Instagram @clovisbornay

Ao longo das décadas seguintes, Bornay se consolidou como ícone dos concursos de fantasia, arrebatando prêmios e se tornando uma celebridade do carnaval carioca.

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Por seis décadas, ele participou dos concursos. Aos 84 anos, foi proibido de competir ao ser declarado “hors-concours” - expressão francesa que atribui a alguém qualidades excepcionais acima de competição.

Reprodução do Youtube Caanal Focus Brasil

O luxo e a inventividade de suas criações influenciaram gerações de artistas e estilistas, estabelecendo um novo padrão de requinte para o carnaval.

Reprodução do Instagram @clovisbornay

Sua ligação com as escolas de samba começou nos anos 1960. Ele trabalhou como carnavalesco em grandes agremiações, entre elas Salgueiro, Unidos de Lucas, Portela, a Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos da Tijuca.

Reprodução do Instagram @clovisbornay

O auge veio em 1970, quando conquistou o título do carnaval com a Portela com o enredo “Lendas e Mistérios da Amazônia”, considerado um marco de criatividade e exuberância estética.

Reprodução do Instagram @clovisbornay

Paralelamente à carreira carnavalesca, Bornay também se dedicou à museologia, atuando no Museu Histórico Nacional e em outras instituições culturais.

Reprodução do Youtube Caanal Focus Brasil

Ele foi responsável por preservar parte importante da memória artística do país, reforçando o diálogo entre o carnaval e o patrimônio histórico brasileiro.

Reprodução do Youtube Caanal Focus Brasil

A presença carismática e extravagante de Clóvis Bornay também o levou à televisão e ao cinema.

Ele participou de filmes como “Terra em Transe”, de 1967, clássico de Glauber Rocha, e Independência ou Morte, de 1972.

Reprodução do Instagram @clovisbornay

Bornay ainda integrou júris de programas de auditório, como os de Chacrinha e Silvio Santos, onde sempre aparecia com trajes luxuosos e coloridos.

Reprodução do Instagram @clovisbornay

No fim da vida, ele enfrentou problemas de saúde. Em 9 de outubro de 2005, deu entrada no Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, debilitado por desidratação e infecção intestinal. Clóvis sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu aos 89 anos.

Reprodução do Instagram @clovisbornay

Seu cortejo fúnebre foi marcado por homenagens emocionadas e acompanhado pela marchinha “Ó abre-alas”, de Chiquinha Gonzaga

Reprodução do Youtube Caanal Focus Brasil

Duas décadas após sua morte, Clóvis Bornay segue representando o esplendor de uma era romântica e inventiva do carnaval.

Reprodução do Instagram @clovisbornay