Em entrevista para a revista Veja, o ator expressou seu incômodo com essa nova realidade artística, usando termos fortes para definir o fenômeno. Bloch considera que essa prática “é uma ferida muito feia no universo da arte”.
O ator deixou claro que não é contra influenciadores em si, porém condena o que considera “motivação de levar a arte para o mundo econômico”, que, para ele, “é a pior coisa que existe”.
“Essas pessoas, que escolhem esse caminho, não são do nosso meio, deviam ser expulsos do nosso meio”, declarou, sem meias-palavras.
Na entrevista, Jonas Bloch ainda comentou sobre como enxerga as mudanças na profissão em si, sobretudo para artistas mais velhos.
Para ele, os autores deveriam criar personagens com “bagagem”, aproveitando a experiência de vida desses profissionais, em vez de perpetuar fórmulas que classificou de “sem grandes consistências”.
Jonas Bloch segue bastante ativo na profissão. Atualmente, ele dirige, atua e assina a cenografia da peça “Delírio”, inspirada no escritor Manoel de Barros e que está em cartaz no Teatro Vannucci, no Rio de Janeiro.
Nascido em 8 de fevereiro de 1939, em Belo Horizonte, Jonas Bloch tem mais de seis décadas de carreira como ator.
Ele é pai da consagrada atriz Débora Bloch, em destaque atualmente no papel de Odete Roitman no remake de “Vale Tudo”, e sobrinho-neto do empresário Adolpho Bloch, fundador da extinta Rede Manchete.
Bloch iniciou sua carreira artística no teatro em 1958, estabelecendo uma trajetória marcada por versatilidade e longevidade.
Graduado em Desenho pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG -, ele também cursou Artes Visuais, Cinema e Design de Interiores.
A sua estreia na televisão ocorreu em 1969, na novela “Algemas de Ouro”, na Record. Desde então, Bloch trabalhou em produções de diversas emissoras - Tupi, Manchete, Globo, SBT —, atuando em papéis que variam do protagonista ao antagonista.
Entre as novelas mais conhecidas em que Jonas Bloch atuou estão “Pai Herói”, de 1979, “Selva de Pedra”, de 1986, “Top Model”, de 1989, e “Mulheres de Areia”, de 1993.
Em 1994, destacou-se no remake de “A Viagem”, interpretando o vilão Ismael, ex-marido de Estela, vivida por Lucinha Lins, e pai de Bia, personagem de Fernanda Rodrigues.
No século 21, ele continuou ativo em produções populares como “Bicho do Mato”, “Bela, a Feia”, “Máscaras” e “Vitória”, todas elas na Record, além de retornar para a Globo em 2016.
No cinema, Bloch também tem uma carreira importante, participando de diversos filmes desde a década de 1970, com papéis em gêneros diversos - do drama à comédia. Ele esteve em produções como 'Amarelo Manga', de 2003.
O trabalho mais recente de Jonas Bloch no cinema foi na comédia romântica “Viva a Vida”, disponível atualmente na Netflix.
Além da atriz Débora Bloch, o ator também é pai de Deni Bloch. Ambas são fruto do casamento do ator com Rebeca Bloch.
Jonas Bloch é casado com Sylvia Vianna desde 1997. Eles têm 25 anos de diferença de idade.
Além de atuar, Bloch já esteve envolvido com ensino, trabalhando como professor em cursos de interpretação em universidades, o que reforça seu papel como referência para gerações seguintes.