A norte-americana Janelle Banda, de 32 anos, despencou 120 metros enquanto fazia uma trilha.
O acidente aconteceu em 11 de junho, na região de Sedona.
Voluntários que foram até o local confirmaram que Janelle estava viva e passaram a informação para a polícia do condado de Pima.
Seu resgate, realizado por helicóptero no dia 16/06, foi considerado um 'milagre' pela família, que já se preparava para o pior devido às condições extremas de calor e frio no deserto.
Apesar de experiente em trilhas, Janelle era iniciante na região, conhecida por seus penhascos perigosos.
A mulher precisou ficar um dia internada após ter sofrido desidratação severa, os dois tornozelos torcidos, cortes e hematomas.
A irmã disse que os voluntários atuaram 'incansavelmente' durante dezenas de horas até que encontrassem a vítima..
O caso lembrou o da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que escorregou e caiu em um penhasco do Monte Rinjani, na Indonésia. O episódio acabou tendo um fim diferente, já que Juliana foi encontrada sem vida.
O Deserto do Arizona, onde Janelle fazia a trilha, é uma das regiões mais áridas e inóspitas dos Estados Unidos.
Dentro dessa região, o Deserto de Sonora é um dos mais notáveis, conhecido por ser um dos desertos mais quentes do mundo.
A vegetação é típica de clima desértico, com destaque para os cactos saguaro. No verão, as temperaturas podem facilmente ultrapassar os 50°C.
A vida selvagem é adaptada ao clima extremo e à escassez de água, com coiotes, cascavéis e escorpiões.
Dentre os muitos cânions espetaculares do Arizona, um dos mais impressionantes — e menos conhecido do grande público — é o 'Fim do Mundo'.
O nome foi atribuído por trilheiros e exploradores devido à sua aparência remota e à sensação de isolamento total que o local transmite.
O cânion está situado em uma área de difícil acesso, cercada por penhascos íngremes e caminhos estreitos.
Muitas vezes comparado ao Grand Canyon em grandiosidade, o 'Fim do Mundo' tem penhascos vertiginosos, quedas d'água escondidas e vistas que parecem infinitas.
Apesar da beleza, esse ponto pode ser extremamente perigoso para quem não conhece bem a região. Quedas, desidratação e desorientação são riscos reais para quem se aventura por lá.
A combinação de terreno acidentado, clima extremo e sinal limitado de celular reforça a necessidade de planejamento cuidadoso para qualquer incursão no local.