Em novembro de 2025, o guitarrista Andreas Kisser afirmou que gostaria de convidar os irmãos Cavalera para a “última dança” da banda; porém, em entrevista recente, declarou que o reencontro está longe de acontecer.
Andreas Kisser declarou que, segundo ele, Max Cavalera e Iggor Cavalera não demonstraram interesse em participar do último show do Sepultura.
O guitarrista também afirmou que não tem “a mínima vontade” de voltar a tocar com os irmãos Cavalera em qualquer reunião da banda. Segundo Andreas, apesar de entender o desejo dos fãs, a formação atual vive “outro momento”, e ele prefere seguir com os músicos que, segundo suas palavras, “valem a pena e respeitam o que o Sepultura é hoje”.
Ele reconhece a importância histórica da banda, mas reforça que não pretende retomar antigas parcerias apenas por nostalgia.
Vale lembrar que Max e Iggor Cavalera fundaram o Sepultura em 1984, quando convidaram os colegas Paulo Junior e Jairo para formar o grupo. Um ano depois, lançaram o primeiro álbum da banda.
No ano seguinte, lançaram 'Morbid Visions', ainda com produção limitada e último trabalho com Jairo, que deixou o grupo em 1986 e foi substituído por Andreas Kisser, o que marcou o início de uma nova fase.
Em 1989, o grupo assinou com a Roadrunner Records e lançou o álbum 'Beneath the Remains', produzido por Scott Burns, que alcançou repercussão internacional e levou o quarteto a turnês pela Europa, Estados Unidos e México. Em 1991, lançaram 'Arise', após se apresentarem no Rock in Rio II.
Em 1996, após o lançamento de 'Roots', Max Cavalera deixou o Sepultura quando a banda decidiu não renovar o contrato com sua empresária e esposa, Gloria Cavalera, acusada de priorizar apenas os interesses dele. Max não aceitou a decisão, sentiu-se traído e saiu do grupo, que continuou como trio e iniciou a composição de um novo álbum. Max formou o Soulfly.
Após sua saída, Igor, Paulo Jr. e Andreas reorganizaram o Sepultura, reforçaram o papel do baixo e iniciaram a busca por um novo vocalista. Diversos músicos participaram das audições, e Derrick Green foi escolhido pela voz, presença e integração com o grupo. Em 1998, lançaram 'Against'.
Em 2006, lançaram 'Dante XXI', um disco conceitual inspirado em “A Divina Comédia”. Durante esse período, Igor Cavalera deixou o grupo e se uniu a Max no projeto Cavalera Conspiracy.
Ele foi substituído por Jean Dolabella, posteriormente trocado por Eloy Casagrande.
O Sepultura manteve turnês internacionais e, entre 2008 e 2012, lançou os álbuns 'A-Lex' e 'Kairos'. A partir de 2013, vieram 'The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart', 'Machine Messiah' e novas apresentações em grandes festivais.
Em 2020, 'Quadra' marcou o melhor desempenho da banda nas paradas em décadas.
Em fevereiro de 2024, Eloy Casagrande deixou o Sepultura e foi substituído por Greyson Nekrutman.
Entre as músicas mais conhecidas do grupo estão 'Roots Bloody Roots', 'Refuse/Resist', 'Territory' e 'Ratamahatta'.
Ao longo da carreira, o Sepultura vendeu mais de 20 milhões de discos no mundo e recebeu múltiplos certificados de ouro e platina.
Curiosidade: o nome “Sepultura” surgiu enquanto Max Cavalera traduzia a canção 'Dancing on Your Grave' do Motörhead. A palavra “grave” significa “sepultura” em português.