Ela é moradora de Caucaia, município de cerca de 375 mil habitantes da Região Metropolitana de Fortaleza.
Sem sobrenome, origem ou data de nascimento conhecidos, ela teve sua história reconstruída por meio de entrevistas e buscas em cartórios.
Ela nunca estudou, não foi vacinada e viveu à margem de qualquer política pública.
“Essa pessoa foi sendo criada trabalhando e criando os filhos dessa família [...] E ela envelheceu, as pessoas deixaram ela meio que de lado', contou o defensor público.
“A dona Conceição é uma vitoriosa, é uma guerreira. Ela sobreviveu a uma pandemia sem acesso a uma vacina, sem acesso a um benefício, um programa de governo”, ressaltou Fernando Régis.
A decisão judicial, emitida pela 1ª Vara Cível de Caucaia, reconheceu oficialmente sua identidade e permitiu que ela escolhesse seu nome completo.
A idosa escolheu o nome Maria da Imaculada Conceição e o dia 8 de dezembro como data de seu aniversário.
Nesse dia, a comunidade católica comemora o Dia da Imaculada Conceição, santa da qual ela é devota.
A data escolhida por Conceição também é o Dia da Justiça. “Foi uma coincidência muito feliz”, afirmou o defensor público.
Com os novos documentos em mãos, Conceição agora busca ser incluída no Cadastro Único (CadÚnico) para acessar benefícios sociais.