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Cristais atingem 50º C em caverna mexicana e mata quem demora lá dentro


A Caverna dos Cristais é um dos lugares mais impressionantes do planeta, com gigantescos cristais de gipsita que chegam a ultrapassar 10 metros e formam um cenário quase surreal sob a Terra.

Por Flipar
reprodução Proyecto Naica

Ela está localizada em Naica, no estado de Chihuahua, norte do México, uma região marcada pela intensa atividade mineral e por antigas minas de prata e chumbo.

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Foi justamente durante trabalhos de escavação na mina que o espaço foi descoberto, revelando um verdadeiro tesouro geológico formado ao longo de centenas de milhares de anos.

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A cerca de 300 metros de profundidade, a caverna está ligada a uma mina de chumbo, zinco e prata. Foi descoberta por acaso em 2000 por dois irmãos mineradores.

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Ao entrar, encontraram uma câmara lotada de cristais brancos leitosos. De acordo com a Live Science, o maior cristal chega a ter 11 metros de comprimento e 1 metro de largura.

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Desde então, o local se tornou objeto de intensas pesquisas científicas, que buscam desvendar os segredos da formação desses cristais gigantes e as condições extremas que permitiram sua preservação.

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Esses cristais são feitos de gesso selenito, que é um tipo de mineral sulfato formado a partir de sais dissolvidos nas águas subterrâneas.

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Desde que a mineração começou em 1974, várias cavernas de cristais foram descobertas, mas essa continua sendo uma das mais populares.

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Ela tem a forma de uma ferradura, mede 110 metros de diâmetro e tem um volume de 6 mil metros cúbicos (mais que o dobro do tamanho de uma piscina olímpica).

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Os cientistas calculam que a caverna se formou há cerca de 26 milhões de anos, devido a uma falha geológica acima de um reservatório de magma, a aproximadamente de 5 km de profundidade.

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Os cristais se formaram pela ação de águas superaquecidas que depositaram minerais ao longo do tempo. Apesar da beleza, a caverna é perigosa: pode atingir 58 °C e até 99% de umidade.

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Os cristais são tão quentes que não podem ser tocados sem proteção nas mãos; alguns são afiados como lâminas.

reprodução Proyecto Naica

Outro detalhe é que se alguém ficar dentro da caverna sem equipamento de segurança por mais de 10 minutos, pode desidratar gravemente.

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Além disso, o piso fica muito escorregadio devido à umidade, por isso há risco frequente de quedas na caverna.

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Exploradores acreditam que há outras câmaras na Caverna dos Cristais, mas não podem acessá-las sem danificar as formações. Desde 2015, a mineração cessou e a água voltou a submergir os cristais.

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Mesmo sem a água atingir o local, a visitação é proibida por riscos de desabamento dos cristais e outras questões de segurança.

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Acredita-se que as condições da Caverna dos Cristais possam inspirar novas técnicas de exploração espacial, já que ambientes parecidos podem existir em outros planetas.

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Por causa dos tamanhos dos cristais, é possível até andar sobre eles. Agrupados ou isolados, a sensação é que o lugar parece de outro mundo.

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