CASO MARIELLE

Conselho de Ética, agora, tem dois petistas possíveis relatores do caso Brazão

Depois da desistência dos três primeiros sorteados, nova lista tem Jack Rocha (PT-ES), Joseildo Ramos (PT-BA) e Rosângela Reis (PL-MG)

Os dois deputados do PT votaram pela manutenção da prisão de Brazão, acusado de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco -  (crédito: Cleia Viana / Câmara dos Deputados)
Os dois deputados do PT votaram pela manutenção da prisão de Brazão, acusado de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco - (crédito: Cleia Viana / Câmara dos Deputados)

O Conselho de Ética sorteou nova lista tríplice com os nomes de deputados para relatar o caso de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), após a desistência dos que haviam sido definidos na semana passada.

Dos três novos sorteados, dois são petistas - Jack Rocha (ES) e Joseildo Ramos (BA) - e uma é bolsonarista, Rosângela Reis (PL-MG).


Os dois do PT votaram na semana passada pela manutenção da prisão de Brazão, acusado de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco, crime que vitimou também o motorista Anderson Gomes. Rosângela votou pela soltura do deputado. Mas o PL, legenda da deputada que pode vir a relatar o caso, entrou com representação a favor da cassação do mandato do parlamentar fluminense.

Os três sorteados que pediram para não relatar a ação contra Brazão foram: o titular Bruno Ganem (Podemos-SP), e dois suplentes, Gabriel Mota (Republicanos-RR) e Ricardo Ayres (Republicanos-TO).

Ganem e Ayres votaram pela manutenção da prisão de Brazão. Mota não votou, o que beneficiou Brazão.
Os três argumentaram ao presidente que tinham outros compromissos, como disputa eleitoral no seu reduto eleitoral e até mesmo relatoria de outros casos no Conselho de Ética.


O deputado Chico Alencar (PSol-RJ) presidia a sessão do conselho quando foi anunciado a desistência dos três primeiros sorteados. E lamentou: "Suas excelências declinaram da nobilíssima função (de relatar), que alguns consideram arriscada. Não sei por quê?" 

Levantamento feito pelo Correio, no mapa de votação da manutenção ou não de sua prisão, constatou que dos 36 deputados que integram o Conselho de Ética, exatamente a metade— 17 deles (50%)— optou pelo "sim", para que ele continue detido na penitenciária de segurança máxima de Campo Grande (MS). Do total, nove votaram "não", para que Brazão fosse solto. Outros 4 se abstiveram e 4 não votaram.

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postado em 17/04/2024 13:22 / atualizado em 17/04/2024 13:22
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