Uma manifestação em forma de buzinaço foi registrada na tarde deste sábado (28/3) em várias cidades do Brasil. O motivo seria o pedido do fim da quarentena estabelecida em alguns municípios, como combate a pandemia do coronavírus, e a reabertura do comércio.
Alguns lugares como Vitória, que tem o comércio e as escolas fechadas até o próximo sábado (4/4), teve registros do buzinaço. O Espírito Santo tem ao menos 40 casos da doença. Em Brasília, que está com 258 casos de suspeitos da doença também foi possível ouvir os carros buzinarem. Outros lugares que tiveram registros foi Caraguatatuba (SP), Cachoeirinha (RS) e Divinópolis (MG).
Em Maringá (PR), o registro do buzinaço foi feito na quinta-feira (26/3), mas também tinha nova manifestação marcada para este fim de semana. A 14ª Promotoria de Justiça da cidade chegou a emitir uma portaria que determina que o Comando da Polícia Militar em Maringá, se necessário, adote “providências para garantir que eventuais carreatas não afrontem as diretrizes já definidas pelas autoridades públicas e sanitárias para a prevenção e enfrentamento à Covid-19. "Maringá já registrou duas mortes.
Contrários
No Twitter, não faltou críticas a quem está sendo contra o isolamento social.
Alguém me explica a lógica desse povo que tá com medo de "morrer de fome" ir fazer buzinasso? Gasolina foi de graça? %uD83E%uDD14%uD83E%uDD14%uD83E%uDD14%uD83E%uDD14%uD83E%uDD14 %uD83E%uDD26%u200D%u2640%uFE0F
%u2014 SrtaMatracaTonks%uD83D%uDC30%uD83D%uDC9B (@Srta_Matraca)
Cachoeirinha vc só me decepciona..... já deu de buzinasso caralho
%u2014 7belle (@belle_vianaa)
PARABÉNS PELO BUZINASSO, COM O BARULHO VOCE MATOU O VIRUS E AGORA PODE IR TRABALHAR!!!
%u2014 ana (@ana_paliga)
Há pouco mais de um mês do registro do primeiro caso de coronavírus no Brasil, o país registra 3.417 casos e 92 mortes. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a proliferação do vírus é de que é preciso fazer o isolamento social.
Mesmo assim, o presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa do fim do isolamento para que a economia não pare. O governo federal até anunciou uma campanha publicitária no valor de R$ 5 mil com o lema “O Brasil não pode parar”. A campanha é alvo de questionamentos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal de Contas da União (TCU).
Enquanto isso, os governadores e prefeitos manifestaram que continuarão a seguir as diretrizes da OMS.
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