Dos 19 agentes que testaram positivo no primeiro exame para o novo coronavírus, 15 tiveram a doença confirmada por meio de contraprova até o início da noite deste sábado (11/4), conforme informações da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe). Quanto aos internos, dos 14 isolados, seis tiveram o diagnóstico assegurado por exames laboratoriais, conforme último levantamento.
Ainda segundo dados da pasta, o maior números de casos de contaminação está concentrado no Centro de Internamento e Reeducação (CIR). O espaço recebe presos que receberam benefício do semiaberto e ainda não conseguiram emprego externo — quando arrumam a ocupação, eles são transferidos para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP), no SIA. Dos 21 casos, 16 estão concentrados nesta ala da Papuda (11 agentes e cinco presos). O primeiro interno com o novo coronavírus estava no Centro de Detenção Proovisória (CDP).
De acordo com Adval Cardoso, titular da Sesipe, não há nenhum caso preocupante dentro do sistema prisional, tanto de detentos quanto de agentes. "Nenhum policial ou interno apresentou sintomas graves. Todos estão bem e isolados. Isso é importante para não transmitir o vírus para mais ninguém, além de ser necessário manter os cuidados básicos de saúde de cada pessoa", assegura.
Entre as medidas de prevenção à pandemia, está a suspensão da visitação aos detentos até 17 de abril. O objetivo é diminuir a circulação dentro do sistema penitenciário e, assim, a possibilidade de disseminação do vírus. Além disso, a pasta também segue rígido protocolo estipulado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).
"Quando um agente apresenta qualquer sintoma, ele é orientado a retornar para casa e passar por exame. Quando se trata de um preso, nós o encaminhamos para avaliação da equipe de saúde da Unidade Básica do presídio. Os profissionais determinam, se preciso, o isolamento desse detento. Quem teve contato com essa pessoa nos últimos 14 dias, também fica em quarentena", destaca.
Hospital de campanha
Na manhã deste sábado (11), houve uma visitação no Complexo Penitenciário da Papuda para estipular o local onde será instalado o hospital de campanha. Representantes da SES-DF, da Sesipe e da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) estiveram no local e aprovaram o espaço destinado para a unidade hospitalar.
O hospital será terá 10 leitos com suporte de ventilação mecânica e 30 leitos de retaguarda para internação. O objetivo da área é receber aqueles presos com estado de saúde mais grave. Todos os equipamentos serão doados pela SES-DF, e não será mais pedido ao Exército.
"Temos muito interesse na entrega desse hospital, pois será uma estrutura qualificada para atendimento dos internos. O objetivo é atender os presos que apresentarem quadro de saúde mais grave, pois teremos os equipamentos especializados para isso", acresta Adval Cardoso.
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