Jornal Correio Braziliense

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Governo desiste de militarizar Gisno e marca nova votação no CEF 407

Escolas votaram contra a gestão compartilhada, mas o governo quer nova consulta

O Governo do Distrito Federal desistiu de militarizar o Colégio Gisno, na Asa Norte. Em consulta popular, ocorrida em 17 de agosto, as escolas votaram contra a gestão compartilhada. No dia seguinte, contrariando a votação, o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que implementaria o projeto nas unidades de ensino mesmo assim, o que gerou insatisfação de parte da comunidade. Em relação ao Centro de Ensino Fundamental (CEF) 407, em Samambaia Norte, haverá uma nova votação.

Em nota oficial, a Secretaria de Educação informou que a decisão de refazer a consulta em Samambaia se deve a novos fatos relevantes relacionados à unidade, como a facada que um aluno levou em frente ao colégio na semana seguinte à consulta. De acordo com a pasta, pais e responsáveis entraram em contato para pedir para que a gestão compartilhada fosse implantada. "No futuro, a Secretaria poderá também rever sua decisão sobre o Gisno e fazer uma nova consulta, caso fatos da mesma natureza aconteçam na escola", completa o texto.

Diretor não foi informado

Procurado pelo Correio, o diretor do Gisno, Isley Marth, disse que ainda não foi informado oficialmente da decisão. Já o responsável pelo CEF 407, Rodrigo Soares, soube da mudança na manhã desta quarta-feira (4/9) e afirma ainda não ter um posicionamento sobre a decisão do governo. "Vou me reunir com minha equipe e mais tarde apresentaremos uma resposta", disse.

Crise

A polêmica em relação à militarização dos dois colégios que votaram contra a proposta, gerou crise no governo e culminou com a saída do secretário de Educação Rafael Parente do comanda da pasta. Ele esteve no cargo desde o início do governo. No lugar dele, assumiu João Pedro Ferraz, que antes era secretário de Trabalho.