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Governo desiste de militarizar Gisno e marca nova votação no CEF 407

Escolas votaram contra a gestão compartilhada, mas o governo quer nova consulta

Caroline Cintra
postado em 04/09/2019 11:53
O Governo do Distrito Federal desistiu de militarizar o Colégio Gisno, na Asa Norte. Em consulta popular, ocorrida em 17 de agosto, as escolas votaram contra a gestão compartilhada. No dia seguinte, contrariando a votação, o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que implementaria o projeto nas unidades de ensino mesmo assim, o que gerou insatisfação de parte da comunidade. Em relação ao Centro de Ensino Fundamental (CEF) 407, em Samambaia Norte, haverá uma nova votação.

Escolas votaram contra, mas Secretaria de Educação propôs nova votação
Em nota oficial, a Secretaria de Educação informou que a decisão de refazer a consulta em Samambaia se deve a novos fatos relevantes relacionados à unidade, como a facada que um aluno levou em frente ao colégio na semana seguinte à consulta. De acordo com a pasta, pais e responsáveis entraram em contato para pedir para que a gestão compartilhada fosse implantada. "No futuro, a Secretaria poderá também rever sua decisão sobre o Gisno e fazer uma nova consulta, caso fatos da mesma natureza aconteçam na escola", completa o texto.

Diretor não foi informado

Procurado pelo Correio, o diretor do Gisno, Isley Marth, disse que ainda não foi informado oficialmente da decisão. Já o responsável pelo CEF 407, Rodrigo Soares, soube da mudança na manhã desta quarta-feira (4/9) e afirma ainda não ter um posicionamento sobre a decisão do governo. "Vou me reunir com minha equipe e mais tarde apresentaremos uma resposta", disse.

Crise

A polêmica em relação à militarização dos dois colégios que votaram contra a proposta, gerou crise no governo e culminou com a saída do secretário de Educação Rafael Parente do comanda da pasta. Ele esteve no cargo desde o início do governo. No lugar dele, assumiu João Pedro Ferraz, que antes era secretário de Trabalho.

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