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Decretação de prisão de Lula é seguida de diversos atos de violência

Na PB, MST informa que militante foi atingida por tiro enquanto participava de um bloqueio de estrada. Em SP, homem que se envolveu em confusão com apoiadores de Lula bateu a cabeça e teve traumatismo craniano

A decisão do juiz Sérgio Moro de prender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi seguida de uma série de reações que resultaram em atos de violência e pessoas feridas em diferentes partes do país.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) informou, nesta sexta-feira (6/4), que uma de suas integrantes, que participava de um bloqueio de estrada na Paraíba, foi atingida por um tiro disparado de dentro de um carro que decidiu não parar.

O ataque aconteceu na BR-101 e a vítima, Lindinalva Pereira de Lima Filha, foi levada ao hospital.

Na quinta-feira à noite, um homem se envolveu em uma confusão em frente ao Instituto Lula depois de gritar palavras contra o ex-presidente diante de um grupo de apoiadores do petista.

Durante o desentendimento, o homem foi empurrado e bateu a cabeça em uma caçamba de caminhão. Internado no Hospital São Camilo, localizado em frente ao escritório do ex-presidente Lula, passou por cirurgia após ter traumatismo craniano constatado.

Ataques à imprensa

Profissionais da imprensa também têm sido alvo de violência desde a decretação da prisão. Além de uma equipe do Correio, atacada na quinta-feira em Brasília, foram registrados episódios contra outros veículos, como Estado de S. Paulo, Reuters e SBT.

Esses ataques levaram a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) emitir nota em que repudia as agressões a jornalistas. "A violência contra profissionais da imprensa é inaceitável em qualquer contexto. Impedir jornalistas de exercer seu ofício é atentar contra a democracia. Os autores devem ser identificados e punidos pelas autoridades", afirma o texto.