postado em 06/04/2018 11:26
A decisão do juiz Sérgio Moro de prender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi seguida de uma série de reações que resultaram em atos de violência e pessoas feridas em diferentes partes do país.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) informou, nesta sexta-feira (6/4), que uma de suas integrantes, que participava de um bloqueio de estrada na Paraíba, foi atingida por um tiro disparado de dentro de um carro que decidiu não parar.
O ataque aconteceu na BR-101 e a vítima, Lindinalva Pereira de Lima Filha, foi levada ao hospital.
Na quinta-feira à noite, um homem se envolveu em uma confusão em frente ao Instituto Lula depois de gritar palavras contra o ex-presidente diante de um grupo de apoiadores do petista.
Durante o desentendimento, o homem foi empurrado e bateu a cabeça em uma caçamba de caminhão. Internado no Hospital São Camilo, localizado em frente ao escritório do ex-presidente Lula, passou por cirurgia após ter traumatismo craniano constatado.
Ataques à imprensa
Profissionais da imprensa também têm sido alvo de violência desde a decretação da prisão. Além de uma equipe do Correio, atacada na quinta-feira em Brasília, foram registrados episódios contra outros veículos, como Estado de S. Paulo, Reuters e SBT.
Esses ataques levaram a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) emitir nota em que repudia as agressões a jornalistas. "A violência contra profissionais da imprensa é inaceitável em qualquer contexto. Impedir jornalistas de exercer seu ofício é atentar contra a democracia. Os autores devem ser identificados e punidos pelas autoridades", afirma o texto.