Politica

Sara Winter é expulsa de partido por 'praticar atos antidemocráticos'

Democratas, sigla pela qual Sara concorreu a uma vaga no Congresso em 2018, anunciou a expulsão da militante nesta terça-feira

Correio Braziliense
postado em 02/06/2020 12:07
Sara Winter segurando armasO partido Democratas decidiu, na manhã desta terça-feira (2/6), expulsar a militante Sara Winter, 27 anos, de seu quadro de filiados. Segundo a sigla, Sara descumpriu "deveres éticos previstos estatutariamente" ao pregar a violência e praticar atos antidemocráticos.

"O Democratas Nacional decidiu, na manhã desta terça-feira, aplicar a sanção sumária de expulsão a Sara Fernanda Giromini (conhecida como Sara Winter) — com cancelamento de filiação partidária — pelo descumprimento dos deveres éticos previstos estatutariamente", informou o partido. "É importante ressaltar que o Democratas repudia, de forma veemente, quaisquer atos de violência ou atentatórios ao Estado de Direito, ao Regime Democrático e às instituições brasileiras", acrescentou a sigla.
 
 

Na semana passada, Sara foi alvo de uma operação da Polícia Federal, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito de um inquérito que apura o financiamento e a propagação de notícias falsas — ou fake news — e ataques à Suprema Corte. Intimada a depor, a militante, que lidera o grupo "300 do Brasil", que reúne apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou que não cumpriria a ordem

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No fim de semana, o grupo promoveu uma marcha ao STF. Na ocasião, os participantes estavam mascarados, carregavam tochas e gritavam contra o ministro Alexandre de Moraes. Após ser alvo da operação da PF, Sara, aliás, chegou a ameaçar o magistrado e o chamou de "covarde".

Presidente nacional do Democratas, o prefeito de Salvador, ACM Neto, disse que "quem defende o fim das instituições democráticas não pode permanecer em um partido que prega o respeito às instituições brasileiras e à liberdade". "A senhora Sara Winter não tinha vida partidária atuante no Democratas, mas era filiada. Nós usamos o estatuto e o código de ética do Democratas para embasar a decisão de expulsá-la. Jamais vamos aceitar em nosso partido quem prega a violência e pratica atos antidemocráticos", completou Neto.
 
 

Em 2018, Sara concorreu, pelo partido, a uma vaga de deputada federal pelo Rio de Janeiro. Ela ficou em 101º lugar — sendo que 46 são eleitos —, com 17.246 votos. Pelo Twitter, a militante ironizou: "Como que eu fui expulsa do DEM se eu me filiei ao Aliança?". A sigla a que Sara se refere é a Aliança pelo Brasil, criada por Jair Bolsonaro, mas que, até o momento, não pode ter filiados — apenas apoiadores —, já que, assim como consta no site oficial, o partido ainda não foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por falta de assinaturas.
 
 

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