Planet Hemp anunciou o fim de suas atividades em 2025, deixando um legado de ativismo e música. Conheça a história do grupo
Em 2025, o grupo Planet Hemp confirmou oficialmente o encerramento de suas atividades, marcando o fim de uma trajetória significativa no cenário musical brasileiro. Conhecida pela mistura de rap, rock e letras de protesto, a banda deixa um legado construído ao longo de quase três décadas de história. O anúncio surpreendeu fãs e admiradores, motivando um olhar atento à jornada do conjunto desde sua origem até os dias atuais.
Formado inicialmente no Rio de Janeiro, Planet Hemp surgiu como uma voz ativa contra restrições sociais e políticas impostas ao longo dos anos 1990. As letras, normalmente recheadas de críticas diretas, expressaram opiniões sobre a legalização da maconha e diferentes pautas ligadas à liberdade de expressão. O grupo reuniu integrantes de peso, como Marcelo D2 e BNegão, que se tornaram reconhecidos por suas colaborações em projetos paralelos e carreiras solo.
Como o Planet Hemp iniciou sua carreira?
O início do Planet Hemp remonta a 1993, quando seus integrantes se uniram por afinidade musical e ideológica. A banda ganhou notoriedade nos palcos alternativos do Rio de Janeiro, expandindo rapidamente sua base de fãs. Desde o primeiro álbum, “Usuário”, lançado em 1995, o grupo chamou atenção pelo conteúdo explícito de suas canções e pelo posicionamento diante das proibições.
Com o crescimento da popularidade, o Planet Hemp enfrentou desafios emblemáticos, incluindo censura e até processo judicial devido às mensagens presentes em suas músicas. A postura combativa acabou transformando o grupo em símbolo de resistência cultural, influenciando novas gerações de artistas.
Quais os momentos marcantes ao longo da carreira do Planet Hemp?
Momentos emblemáticos marcaram a trajetória do grupo. Entre eles, a prisão de integrantes após apresentações, alegando apologia à droga, e a suspensão de shows provocaram debates em todo o país. Em 1997, o segundo álbum, “Os Cães Ladram, Mas a Caravana Não Pára”, fortaleceu ainda mais a popularidade do conjunto.
- Lançamento de álbuns de repercussão nacional
- Colaborações com nomes do rap e do rock brasileiro
- Participação em festivais históricos
- Movimentação ativa em defesa da descriminalização da maconha
O hiato entre 2001 e 2012 também se destacou como período de pausa. Em 2012, o Planet Hemp retomou os shows e lançou novas faixas, voltando a ocupar espaço de destaque na cena nacional.
Por que o Planet Hemp é tão importante para a música brasileira?
A relevância do Planet Hemp ultrapassa o âmbito musical, alcançando dimensões sociais e políticas. A banda se consolidou como uma das pioneiras ao unir elementos do hip hop, rock e reggae, consolidando influências que reverberaram em outros movimentos culturais. Suas letras inspiraram debates sobre legislação e políticas públicas, tornando-se referência para discussões sobre direitos civis e democratização de ideias.
Nesse percurso, integrantes como Marcelo D2 seguiram carreira solo de sucesso, levando consigo a influência do grupo. O Planet Hemp também colaborou para propagar o estilo lifestyle associado à cultura de rua e à militância jovem, sendo constantemente citado como referência em eventos, documentários e discussões acadêmicas.
Como está o legado após o anúncio do fim?
Com seu fim oficializado, a banda deixa para trás um acervo de discos, músicas icônicas e uma história pautada pelo ativismo. O impacto do Planet Hemp se mantém vivo em registros de shows, entrevistas e na influência permanente sobre outros artistas, tanto no Brasil quanto no exterior. Fãs e estudiosos seguem analisando seu papel no desenvolvimento da música urbana nacional.
Mesmo encerrando as atividades como grupo, o Planet Hemp permanece presente no universo cultural brasileiro, por meio das mensagens transmitidas em suas canções e na realização de debates em torno dos temas que sempre defendeu. A história do grupo serve de inspiração para aqueles que buscam unir arte e posicionamento social em prol de transformações.











