COVID-19

Doria: Insumos para produção de 8,6 milhões de vacinas estão em liberação

Carga com 5,4 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) se encontra no Aeroporto de Pequim e deve chegar na quarta-feira (3/02) em São Paulo

Ingrid Soares
postado em 31/01/2021 13:40
 (crédito: Wang Zhao/AFP - 24/9/20)
(crédito: Wang Zhao/AFP - 24/9/20)

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou neste domingo (31/1) que a nova remessa de 5,4 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) da fábrica da biofarmacêutica Sinovac Life Sciences já se encontra no Aeroporto de Pequim, na China, para liberação. A carga deve chegar em São Paulo na próxima quarta-feira (3/2). Com isso, o Instituto Butantan será capaz de produzir mais de 8,6 milhões de doses do imunizante.

As novas vacinas devem ser liberadas 20 dias após o início da fabricação, passando a integrar o Programa Nacional de Imunização (PNI). O anúncio da vinda do insumo ocorreu na última terça-feira (26). Na última sexta-feira (29/1), o governo paulista entregou novo lote com 1,8 milhão de doses da vacina do Butantan ao PNI, completando cronograma estabelecido com o órgão federal que previa a entrega de 8,7 milhões de vacinas até 31 de janeiro.

Do lote mais recente, 410 mil doses permaneceram em São Paulo para dar continuidade à campanha de imunização, que já ultrapassou a marca de 387 mil pessoas vacinadas até a manhã deste domingo. Segundo a assessoria do estado, as novas grades permitirão que o público-alvo da fase 1 da campanha seja imunizado em sua totalidade, o que inclui trabalhadores da saúde, indígenas, quilombolas, idosos residentes em instituições de longa permanência e institucionalizados com deficiência a partir de 18 anos. Além disso, permitirá que o Estado de São Paulo comece a vacinar os idosos acima de 85 anos em fevereiro.

De todas as vacinas disponíveis no país até o momento, 80% foram fornecidas pelo Instituto Butantan. O Governo de São Paulo já distribuiu 1,2 milhão de doses. 

Disputa

O governador paulista e o presidente Jair Bolsonaro vêm insuflando a disputa pela 'paternidade' das doses advindas da China. A réplica ao anúncio antecipado de Jair Bolsonaro da chegada dos insumos foi dada pelo tucano na semana passada. Ele fez questão de desmentir o presidente.

Doria também fez questão de ressaltar que o investimento partiu inteiramente do estado e do Butantan, e que é o Palácio do Planalto quem deve a São Paulo. “Até o presente momento, nós não recebemos um único centavo do Ministério da Saúde”, expôs.

Ele ainda emitiu uma nota afirmando que o “governo federal não teve participação na liberação de insumos chineses para a vacina do Butantan” e, pelo Twitter, foi além. “Sem parasitismo dos negacionistas e oportunistas”. A defesa do Planalto foi feita pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria. “Tem gente que quer holofote a todo custo. É caso de psicanálise! Hoje, será que veremos lágrimas de crocodilo de novo? A conferir”, rebateu.

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