Vacinação infantil

Vacina não foi causa da parada cardíaca em criança, diz governo de São Paulo

Nessa quarta-feira (19/1), a Prefeitura suspendeu a vacinação de crianças após menina de 10 supostamente ter sofrido uma parada cardíaca

Bernardo Lima*
postado em 20/01/2022 15:51 / atualizado em 20/01/2022 16:59
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (SES) concluiu, nesta quinta-feira (20/1), que a parada cardíaca sofrida por uma criança na cidade de Lençóis Paulista não foi causada pela vacina contra a covid-19 aplicada.

Na noite de quarta-feira (19/1), a Prefeitura da cidade do interior de São Paulo havia publicado uma nota oficial, informando ter suspendido a vacinação infantil contra o coronavírus após a criança de 10 anos sofrer a reação adversa 12 horas depois de se imunizar. Ela foi vacinada com uma dose da Pfizer, indicada à sua faixa etária.

Em nota, a SES informou que a criança foi reanimada em um hospital e segue em observação. Após a análise do Centro de Vigilância Epidemiológica, o imunizante foi descartado como motivo da parada cardíaca.

"Não existe relação causal entre a vacinação e quadro clínico apresentado", destacou o órgão. O quadro clínico da criança foi decorrente de uma doença congênita rara chamada Wolff-Parkinson-White (WPW), até então desconhecida pela família.

"Esta é uma condição congênita que leva o coração a ter crises de taquicardia. Algumas destas crises podem ter frequência muito alta, levando até a síncope ou morte súbita", explica o documento.

O texto da instituição ressalta que "todos os imunizantes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são seguros e eficazes".

O uso da vacina Pfizer para imunizar crianças de 5 a 11 anos foi autorizado pela Anvisa em 16 de dezembro. A campanha de vacinação infantil começou na última sexta-feira (14), em São Paulo.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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