COVID-19

Queiroga vê "estabilização de casos, com tendência de queda" na ômicron

Para o ministro da Saúde, é necessário investir na atenção primária de saúde

Maria Eduarda Cardim Gabriela Bernardes*
postado em 16/02/2022 18:45
 (crédito: Myke Sena/MS)
(crédito: Myke Sena/MS)

Para o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, o Brasil já assiste uma estabilização de casos da variante ômicron com uma tendência de queda. A análise foi feita durante evento que liberou R$ 160 milhões de reais para estados e municípios destinarem ao atendimento de pessoas com sintomas pós-covid-19. 

“Nós já assistimos a uma estabilização do número de casos da variante ômicron, com uma tendência de queda. A média móvel de óbitos ainda é uma média móvel em torno de 800 casos por dia. Nós não queremos essa média móvel, mas, se nos lembrarmos da variante gama, houve dias com mais de 3000 casos (de mortes) de média móvel. Então, sem dúvidas, avançamos muito”, ponderou o ministro.

Na ocasião, Queiroga ainda ressaltou a importância da atenção primária à saúde no combate a covid. "Se nós tivermos uma atenção primária bem estruturada, naturalmente vamos precisar menos de leitos de terapia intensiva. E agora, nessa terceira onda causada pela variante ômicron, a atenção primária tem sido excepcional", afirmou.

Ainda que o mundo e o Brasil vivam a esperança da queda da transmissão do novo coronavírus após a onda da variante ômicron, os sistemas de saúde ainda terão um longo caminho pela frente. Isso porque grande parte dos infectados apresenta condições após a infecção pelo SARS-CoV-2. Apesar da afirmação do ministro da Saúde, é o futuro que preocupa os gestores da saúde, já que o Ministério da Saúde estima que cerca de 8,5 milhões de brasileiros poderão apresentar ao menos uma condição pós-covid.

O cálculo considera o número de casos confirmados no Brasil até novembro do ano passado. Por isso, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, aponta que o número deve ser ainda maior. "A gente sabe que esse número é maior e com certeza passa de 10 milhões de pessoas", disse o secretário. Atualmente, o país soma 27.806.786 casos positivos e 147.734 mortes pela covid.

*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori



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