Síndrome de Down

Governo federal lança primeira etapa do Cadastro Inclusão

A ferramenta reunirá as pessoas com deficiência com o objetivo de facilitar o acesso delas a benefícios e políticas públicas

Maria Eduarda Cardim
Gabriela Chabalgoity*
postado em 22/03/2022 16:49 / atualizado em 22/03/2022 16:52
 (crédito: Arquivo pessoal)
(crédito: Arquivo pessoal)

No Dia Mundial da Síndrome de Down, comemorado nessa segunda-feira (21/3), o governo federal aproveitou para lançar a primeira etapa do Cadastro Inclusão, ferramenta que reunirá em uma única base de dados todas as pessoas com deficiências para facilitar o acesso delas a benefícios e políticas públicas. Além disso, o governo lançou um protocolo de intenções para fomentar a empregabilidade da pessoa com deficiência.

A série de medidas anunciadas visa facilitar a vida dessas pessoas. O Cadastro Inclusão, por exemplo, fornecerá o certificado da pessoa com deficiência. “Na prática, isso significa que as pessoas com deficiência não precisarão peregrinar por diferentes repartições para reunir documentos e comprovar a sua condição”, indicou o titular da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Com Deficiência, Cláudio Panoeiro. Estima-se que os dados de cerca de 17,3 milhões de pessoas com deficiência passem a compor a plataforma.

Segundo a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, antes do Cadastro Inclusão, era preciso realizar uma avaliação diferente para cada política que a pessoa com deficiência quisesse ter acesso. “Nosso objetivo é diminuir as barreiras e facilitar a vida dessas pessoas”, disse.

Em outra frente, para aperfeiçoar a criação de políticas públicas, também foi lançado o Sistema Nacional de Informações sobre Deficiência (SISDEF), um painel com indicadores para o monitoramento de políticas para pessoas com deficiência. “A partir das informações do SISDEF, será possível identificar, por exemplo, quantas pessoas com deficiência estão matriculadas nas escolas brasileiras, quando existe a evasão escolar, e, a partir daí, desenhar as políticas públicas de forma científica e responsável”, disse Panoeiro.

Educação é fundamental

A estudante universitária Bruna Mandarino, 26 anos, que entrou na faculdade para a licenciatura de dança, ressalta que estar em contato com a educação é fundamental e ajuda muito no seu desenvolvimento. Além disso, ela participa de projetos com outras pessoas com Síndrome de Down e julga isso “muito importante”.

Bruna afirmou também que o Dia Mundial da Síndrome de Down é importante para trazer consciência às pessoas e acabar com o preconceito vivido pelo grupo. “Se uma pessoa é gay, negra ou tem down, não pode haver preconceito. Ninguém pode julgar uma pessoa pelo que ela é, não podem nos julgar, nos violentar e nos matar. Isso é errado”, completou.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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