YANOMAMIS

PF afirma não ter indícios de crime contra yanomamis; investigações seguem

Pela conclusão da PF, está comprovado que a denúncia não condiz com os fatos, mas continuarão investigando

Cristiane Noberto
postado em 06/05/2022 19:41 / atualizado em 06/05/2022 19:41
Polícia Federal concede coletiva de imprensa sobre indígenas -  (crédito: Polícia Federal RR)
Polícia Federal concede coletiva de imprensa sobre indígenas - (crédito: Polícia Federal RR)

Em entrevista coletiva ocorrida na manhã desta sexta-feira (6/5), o delegado da Polícia Federal Daniel Pinheiro Leite afirmou que as denúncias dos yanomamis sobre o estupro seguido de morte de uma menina indígena, ocorrido na semana passada em Roraima “originaram de um vídeo institucional de uma ONG”.

Segundo Pinheiro, as imagens foram repassadas de um indígena da aldeia para outro e, no fim das contas, “a partir dos elementos que tinha, que membros de sua comunidade teriam sido vítimas da violência apresentada no vídeo” e feito a denúncia para a Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana (Condisi-YY), que posteriormente acionou as autoridades.

Pela conclusão da PF, está comprovado que a denúncia não condiz com os fatos, mas continuarão investigando. “As diligências da área yanomami foram realizadas com a mesma presteza e responsabilidade com que são apuradas quaisquer denúncias encaminhadas à corporação”, escreveram.

Sobre o sumiço dos indígenas, a PF também constatou que nove moram no local e seis foram interrogados presencialmente. Outros três foram encaminhados para Boa Vista (RR) para tratamento de saúde.

A corporação ainda informou que destruiu toda infraestrutura de garimpo ilegal na região, e que as informações foram divulgadas em “caráter excepcional” haja vista o interesse da sociedade sobre o tema.

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