Desaparecimento

Congresso Nacional propõe movimentos para investigar caso de Bruno e Dom

Foi aberta uma comissão externa na Câmara e no Senado para apuração do caso do desaparecimento de Bruno Araújo e Dom Phillips. A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou viagem para o Amazonas com a intenção de realizar diligência nas investigações

Tainá Andrade
postado em 15/06/2022 17:37 / atualizado em 15/06/2022 17:39
 (crédito: EVARISTO SA/AFP)
(crédito: EVARISTO SA/AFP)

No Senado, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou um requerimento para que o presidente, Humberto Costa (PT-PE), faça diligência no Amazonas. Ainda sem data definida, a previsão é de que a viagem aconteça entre a próxima terça (21/6) e quarta-feira (22). A intenção é que a comissão acompanhe as investigações do desaparecimento do indigenista Bruno Araújo e do jornalista inglês Dom Phillips

Na Câmara dos Deputados, foi aprovado, também na quarta-feira, a criação de uma comissão externa para acompanhar e definir providências sobre o desaparecimento de Dom e Bruno. Os nomes ainda serão definidos. Os pedidos eram feitos há alguns dias por Nilto Tatto (PT-SP) e pela única deputada federal indígena na Casa, Joênia Wapichana (Rede-RR). "O pedido tem. Falta somente o presidente [Arthur Lira] decidir. É bom pressionar", declarou Joênia, ontem, ao Correio

Investigação dos senadores

A Comissão Externa do Senado, aprovada na última segunda-feira (13), também prevê um encontro no dia 20 para a definir o plano de trabalho. A intenção é de que sejam escolhidos o presidente, vice-presidente e o relator da comissão para produzir o relatório, que deverá ser entregue em 60 dias.

“Na reunião formal do dia 20 teremos uma definição logística e estrutural da viagem ao interior do Amazonas e também um encaminhamento mais completo sobre como a comissão atuará durante os próximos dois meses”, informou Randolfe Rodrigues (Rede-AP) à Agência Senado.

A ideia é que a comissão dê subsídio para a abertura de uma CPI para investigar os crimes cometidos à política indigenista no governo de Jair Bolsonaro (PL), como o aumento dos casos de violência na Amazônia e omissões na proteção de ativistas ambientais.

Integrantes 

Nessa terça-feira (14), na reunião da greve de 24 horas realizada pelos servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) para discutir o dossiê, intitulado Fundação Anti-Indígena: Um retrato da Funai sob o governo Bolsonaro, foi anunciado os nomes dos senadores que farão parte da Comissão Externa do Senado para apurar o desaparecimento na Amazônia. 

Serão nove senadores que foram indicados por três comissões, a do Meio Ambiente (CMA), dos Direitos Humanos (CDH) e da Cidadania e Justiça (CCJ). Os parlamentares indicados até o momento são: Humberto Costa (PT-PE), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Leila Barros (PDT-DF), Eduardo Velloso (União-AC), Nelsinho Trad (PSD-MG), Fabiano Contarato (PT-ES), Telmário Mota (PROS-RR) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). 

As três comissões já emitiram ofícios ao Ministério da Justiça e para Funai cobrando urgência nas respostas do caso e na verificação das informações colhidas na investigação.   

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