POVOS ORIGINÁRIOS

Conselho Indigenista denuncia violação de direitos durante Conselho da ONU

A denúncia foi realizada por Paulo Lugon Arantes, assessor internacional do Conselho Indigenista Missionário, na manhã desta terça-feira (28/06), no Conselho de Direitos Humanos da ONU

Aline Gouveia
postado em 28/06/2022 19:39 / atualizado em 28/06/2022 19:39
A fala do representante do Cimi ocorreu durante o painel Efeitos adversos das mudanças climáticas sobre os direitos humanos das pessoas em situação de vulnerabilidade -  (crédito: Reprodução/CDC)
A fala do representante do Cimi ocorreu durante o painel Efeitos adversos das mudanças climáticas sobre os direitos humanos das pessoas em situação de vulnerabilidade - (crédito: Reprodução/CDC)

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) denunciou violações de direitos indígenas ao Conselho de Direitos Humanos (CDC) da ONU, na manhã desta terça-feira (28/06). A denúncia foi feita pelo assessor internacional do Cimi, Paulo Lugon Arantes. "Os povos indígenas são, ao mesmo tempo, vulneráveis às mudanças climáticas e agentes de mudança, no contexto dos ODS [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável]", destacou Paulo na ocasião.

A fala do representante do Cimi ocorreu durante o painel Efeitos adversos das mudanças climáticas sobre os direitos humanos das pessoas em situação de vulnerabilidade, e contou com a presença de Federico Villegas, presidente do CDC, e da alta comissária da ONU, Michelle Bachelet.

Paulo criticou os ataques aos povos originários e a ausência de políticas para demarcação de terras e proteção indígena. "O abandono, por parte do governo, da proteção dos territórios e a demora do Supremo Tribunal Federal em decidir sobre a questão do marco temporal frustram as esperanças de um acordo global de proteção ao clima, agravadas por brutais ataques aos guardiões do florestas", afirmou.

O assessor internacional do Cimi lembrou ainda dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira, do jornalista britânico Dom Phillips e de mortes de indígenas dos povos Atikum, Chikitanos e Guarani Kaiowá. "Após o brutal assassinato de Alex Lopes, uma invasão ilegal neste fim de semana pela polícia no território Guapoy, Mato Grosso do Sul, deixou Vitor Fernandes morto e nove feridos por munição letal, dos quais um adolescente permanece em cuidados intensivos" disse. 

 

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