VIOLÊNCIA

Mulher que denunciou Prior por estupro fala sobre agressão: "Muito sangue"

"Foi bem doloroso. Eu gritei. Começou a sair muito sangue", relata a vítima. Prior foi condenado a seis anos de prisão, em regime semiaberto. Ele pode recorrer em liberdade

Correio Braziliense
postado em 17/07/2023 08:17 / atualizado em 17/07/2023 08:48
Felipe Prior foi condenado a seis anos de prisão, em regime semiaberto, por estupro -  (crédito: Instagram/Reprodução)
Felipe Prior foi condenado a seis anos de prisão, em regime semiaberto, por estupro - (crédito: Instagram/Reprodução)

A mulher que denunciou o arquiteto e ex-BBB Felipe Prior por estupro falou da agressão que sofreu em 2014. Ao programa Fantástico, da TV Globo, na noite deste domingo (16/7), a vítima relatou que a violência ocorreu após uma festa na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP). "Ele deixou primeiro a minha amiga na casa dela. E quando a gente estava indo sentido a minha casa, ele parou o carro no meio da rua. E desafivelou meu cinto, começou a me beijar. E aí ele foi pro banco de trás e me puxou", lembrou a mulher. Prior foi condenado a seis anos de prisão, em regime semiaberto. Ele pode recorrer em liberdade.

Segundo a vítima, após ela tentar resistir fisicamente, o arquiteto agiu com agressividade. "Eu comecei a tentar resistir fisicamente e ele começou a puxar meu cabelo. Começava a me segurar pelos braços, me segurar pela cintura. Começou a forçar a penetração. Foi bem doloroso. Eu gritei. Começou a sair muito sangue”, contou. Quando chegou em casa, a mãe da vítima a levou ao hospital. A médica atestou a existência de uma laceração de grau 1 na genitália da mulher.

“A médica me perguntou diversas vezes, perguntou para minha mãe o que, de fato, tinha acontecido. Que lá era um lugar seguro, que eu podia confiar nela, que era necessário falar a verdade, mas eu não quis falar”, afirmou a vítima. No dia seguinte, a mulher recorda que Prior mandou mensagem para ela, perguntando se estava bem. A vítima respondeu que estava machucada e pediu para que ele não contasse para ninguém, pois temia. "Eu estava com medo dele falar para as outras pessoas e eu ficar marcada por essa situação", disse.

No entanto, anos depois, a mulher decidiu denunciar e falar sobre o estupro, com o intuito de ajudar outras mulheres vítimas de violência. "Eu posso ajudar as outras mulheres a terem coragem de se posicionar. Porque isso precisa parar. Isso precisa parar. Infelizmente ela faz parte da minha história. O que eu posso fazer com ela hoje é mostrar para o mundo que nenhuma mulher merece ter uma ferida dessas”, ressaltou.

 
 
 
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A defesa de Felipe Prior afirmou que vai recorrer da decisão. "A sentença será objeto de apelação, face a irresignação de Felipe Antoniazzi Prior e de sua defesa, que nele acredita integralmente, depositando-se crédito irrestrito em sua inocência e de que, em sede recursal, lograr-se-á sua reforma, em prestígio à Justiça, reconhecendo-se sua legítima e verdadeira inocência, que restou patentemente demonstrada durante a instrução processual", diz nota oficial.

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