violência

Relógio Patek de R$ 1 milhão roubado de médico de Lula é recuperado

Peça foi tirada de Roberto Kalil Filho, em 12 de dezembro, quando chegava ao consultório que tem, na Bela Vista, em São Paulo. Polícia chegou à joia, que estava escondida em Taboão da Serra, após prender o assaltante

Relógio foi recuperado depois da prisão do homem que assaltou Kalil -  (crédito: Divulgação/Polícia Civil de São Paulo)
Relógio foi recuperado depois da prisão do homem que assaltou Kalil - (crédito: Divulgação/Polícia Civil de São Paulo)
postado em 05/01/2024 03:55 / atualizado em 05/01/2024 09:05

O relógio Patek Philippe do médico Roberto Kalil Filho, que atende o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi recuperado, ontem, por policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil de São Paulo. O utensílio pessoal tinha sido roubado do cardiologista em 12 de dezembro, quando chegava ao consultório, na Bela Vista, em São Paulo.

O modelo Nautilus, de ouro branco e calendário perpétuo, está avaliado em aproximadamente R$ 1 milhão. Foi recuperado em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, depois que a polícia prendeu Carlos Henrique Santana, o Catota — que teria obrigado Kalil a entregar o relógio. A partir daí, conseguiu-se identificar o local onde o relógio estava guardado, no bairro Arraial Paulista, mesma área onde o suspeito foi detido.

Presente

A peça será devolvida a Kalil, que a ganhou de um xeique dos Emirados Árabes. No mesmo assalto, o médico perdeu uma aliança de casamento e um par de óculos, que não foram recuperados.

Segundo fontes da Polícia Civil, a suspeita é de que o cardiologista vinha sendo monitorado pelos assaltantes — que esperaram o momento certo para abordá-lo. Para os investigadores, alguém teria alertado que Kalil usava um relógio de alto valor. O que se tenta levantar, agora, é se o grupo que cometeu o crime agiu independentemente ou se faz parte da linha de frente de uma quadrilha maior de receptadores de peças de alto valor.

Os policiais sabem da existência de um mercado negro de relógios de luxo, comprados por baixos valores dos ladrões e revendidos a preço de seminovos. Um modelo como o de Kalil pode valer mais de R$ 1 milhão caso esteja com o "conjunto" — estojo, manuais e certificados do fabricante fornecidos ao primeiro proprietário — completo. Avulso, o valor da peça cai exatamente porque o vendedor não consegue comprovar a procedência — se resultado de uma negociação por outro relógio ou fruto de algum crime.

 

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