Um vereador da cidade baiana de Feira de Santana, cidade distante 115km de Salvador, pediu à Câmara uma homenagem póstuma a um homem suspeito de ter assassinado a mulher. O caso, classificado como feminicídio pela Polícia Civil da Bahia, ocorreu em 21 de março. O suposto assassino — um guarda civil de uma cidade vizinha à Feira — se matou.
O pedido foi negado pela Câmara e repudiado pelos colegas da Casa. A homenagem proposta pelo vereador José Carneiro (MDB) seria um minuto de silêncio ao feminicida. Segundo o político, o homem era uma pessoa de bem e matou a mulher porque estava em um momento de “fraqueza”.
A atitude do vereador foi prontamente questionada por colegas da Câmara de Feira de Santana. O vereador Jhonatas Monteiro (PSol) foi um dos políticos a repudiar a ação. Ele afirmou que, se tivesse de ter “um minuto de silêncio” na Casa, tinha de ser à vítima do feminicídio, não ao algoz.
"Não acredito que é cabível, especialmente no mês de março, marcado pelo Dia Internacional das Lutas das Mulheres, a Câmara Municipal conceder um minuto de silêncio em relação a isso. Se houver um minuto de silêncio, deve ser em homenagem a Geisa de Assunção Santiago, de 42 anos, barbaramente assassinada", rebateu o Jhonatas.
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Vereador se desculpou
A proposta de homenagem a um suspeito de feminicídio caiu mal em Feira de Santana. O vereador se retratou nas redes sociais. "Todo ser humano é capaz de erros e acertos e hoje, ao chegar na Câmara Municipal, fui bastante infeliz quando quis homenagear um cidadão que tirou a vida da sua esposa e depois tirou a própria vida", afirmou o político.
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