Rio de Janeiro

Laudo do IML não conclui se idoso chegou morto em agência bancária

De acordo com o documento, o homem morreu entre 11h30 e 15h20 de terça-feira (16/4), não sendo possível saber se morreu antes ou depois de entrar da agência bancária

O idoso foi levado por Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, para retirar um empréstimo de R$17 mil em uma agência de Bangu. -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)
O idoso foi levado por Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, para retirar um empréstimo de R$17 mil em uma agência de Bangu. - (crédito: Reprodução/Redes sociais)

O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) não conseguiu concluir se Paulo Roberto Braga morreu dentro da agência bancária em Bangu (RJ) ou se já foi levado sem vida para o local. Na tarde de terça-feira (16/4), a sobrinha do idoso, Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, foi presa após tentar tirar um empréstimo de R$ 17 mil no banco em nome do morto. 

A conclusão do perito que assinou o laudo é que "não há elementos seguros para afirmar, do ponto técnico e científico", se o idoso morreu no trajeto, no interior da agência bancária ou então foi levado morto para o local.

De acordo com o documento, Paulo morreu entre as 11h30 e 15h20 de terça-feira por broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca. Ele tinha 68 anos.

O idoso foi levado por Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, para retirar um empréstimo de R$17 mil em uma agência de Bangu. Ela se apresentou como cuidadora do idoso e também apontou ser prima ou sobrinha de consideração dele.

A polícia acredita que o idoso estaria morto duas horas antes de Érika ser atendida na agência, segundo informações publicadas pelo g1. O delegado Fábio Luís, titular da 34ª DP, disse que livores cadavéricos encontrados no corpo do homem indicam que ele deve ter morrido deitado. Os livores são acúmulos de sangue decorrentes da interrupção da circulação, que se acumularam na nuca de Paulo, o que pode indicar que ele estava na posição horizontal quando morreu.

O policial ainda afirmou que ele teria livores nas pernas se tivesse morrido sentado, que não foram encontrados pela perícia.

A mulher foi presa e autuada por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. Em depoimento à polícia, ela teria dito que o homem estava vivo ao chegar no local. Os dois teriam ido ao banco para retirar um empréstimo solicitado por ele em março. A vontade dele, segundo a mulher, era comprar uma TV e fazer uma obra com o valor.

Como o caso aconteceu

Érika chegou à agência bancária com Paulo em uma cadeira de rodas. A imobilidade do homem, além do fato de a sobrinha ter que segurar sua cabeça para falar com ele, chamaram a atenção de funcionários da agência. A polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram chamados e constataram que o idoso estava morto há algumas horas.

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postado em 17/04/2024 19:25 / atualizado em 17/04/2024 19:27
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