São Paulo

Delegado do caso Porsche é substituído por "mudança administrativa"

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o delegado agora vai "fortalecer as investigações em curso contra uma facção criminosa que opera em várias regiões do Estado"

A saída do caso foi confirmada pelo próprio delegado na quinta-feira (18/4) -  (crédito: Reprodução/redes sociais)
A saída do caso foi confirmada pelo próprio delegado na quinta-feira (18/4) - (crédito: Reprodução/redes sociais)

O delegado Nelson Alves — que era responsável pelo caso que investiga o acidente de carro envolvendo um Porsche que matou uma pessoa e deixou outra ferida — foi substituído na condução da investigação. Ele passará a atuar na 30° DP.

De acordo com o g1, as mudanças teriam ocorrido após Alves ter sido criticado internamente e externamente sobre a condução do caso. Críticas estariam relacionadas ao pedido de que a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) entregassem as imagens de câmeras corporais dos agentes que atenderam a ocorrência no dia 31 de março.

A saída do caso foi confirmada pelo próprio delegado na quinta-feira (18/4).

Em nota encaminhada ao Correio, a Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o delegado não foi afastado do caso e que a mudança no comando da investigação foi "uma mudança administrativa". (veja a íntegra ao fim da matéria).

"Ocorreu uma mudança administrativa na qual o delegado foi para o 30° DP por ter experiência em apurações de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro e, por isso, vai fortalecer as investigações em curso contra uma facção criminosa que opera em várias regiões do Estado", disse o órgão.

O delegado Milton Burguese (que estava no 81° DP) assumirá as investigações, que seguem em curso na 30º DP.

Relembre o caso

O acidente ocorreu na noite de 31 de março na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, zona leste de São Paulo. Estavam no Porsche, Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, que era o motorista, e um amigo dele, Marcus Vinícius Rocha, de 22 anos.

O veículo colidiu em um Renault Sandero dirigido pelo motorista de aplicativo, Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, que não resistiu aos ferimentos.

Após investigações, Andrade Filho foi indiciado pela Polícia Civil, mas responde em liberdade, já que a Justiça de São Paulo negou dois pedidos de prisão contra o homem.

O empresário negou que estivesse dirigindo sob efeito de álcool e que estava um pouco acima de 50 km/h, velocidade permitida na via, ainda que imagens de monitoramento da avenida tenha registrado uma colisão forte entre os dois veículos.

Íntegra da nota da SSP

Não houve afastamento de nenhuma autoridade policial. Ocorreu uma mudança administrativa na qual o delegado foi para o 30° DP por ter experiência em apurações de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro e, por isso, vai fortalecer as investigações em curso contra uma facção criminosa que opera em várias regiões do Estado. O inquérito sobre a morte do motorista de aplicativo segue em curso pelo 30º DP e, tão logo seja concluído, será encaminhado ao Poder Judiciário.

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postado em 19/04/2024 21:37 / atualizado em 19/04/2024 21:37
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