
Nesta quarta-feira (18/12), o Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou 20 torcedores do Palmeiras, membros da organizada Mancha Alviverde, envolvidos no que a Polícia Civil tem chamado de “emboscada” contra torcedores da torcida Máfia Azul, do Cruzeiro de Belo Horizonte. O caso aconteceu em 27 de outubro, em Mairiporã — região metropolitana da capital —, deixando 15 feridos e um morto.
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Utilizando pedaços de madeira, pedras, barras de ferro e rojões, os palmeirenses incendiaram e depredaram um ônibus em que os cruzeirenses estavam. Eles estariam, supostamente, se vingando de um ataque sofrido pelos torcedores mineiros em 2022, em Minas Gerais.
Segundo o MPSP, com as ações, os membros da Mancha assumiram “o risco do resultado homicida, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e de meio que possa resultar perigo comum, e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, concorreram para a morte de José Vitor Miranda dos Santos, causada por traumatismo cranioencefálico em decorrência de golpes desferidos com instrumento contundente”.
"Estes delitos foram cometidos mediante recursos que dificultaram a defesa das vítimas, quais sejam: superioridade numérica; planejamento e execução da emboscada de modo a atacar as vítimas durante a madrugada, quando repousavam em ônibus de transporte coletivo, dificultando a possibilidade de reação; e bloqueio do trajeto dos ônibus, inclusive com 'miguelitos', obrigando a parada dos veículos coletivos quando cercado pela multidão delinquente", informou o MPSP, em nota.
Ainda segundo o órgão, a rivalidade entre as torcidas vem desde 1988, quando um dos fundadores da Mancha Alviverde foi morto. “Os presentes delitos, inclusive, são reação a uma briga que ocorreu entre as torcidas em Minas Gerais — cuja documentação integra o presente. Este contexto de rivalidade violenta reforça o risco. Soltos, os denunciados, sem dúvida, irão planejar novos delitos em face de torcedores do clube rival, colocando toda a sociedade em risco”, completou o Ministério Público.
Os acusados
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Jorge Luiz Sampaio: presidente da Mancha naquele momento, renunciou após se entregar;
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Felipe “Fezinho” Mattos: vice-presidente, está preso;
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Luiz Ferretti Junior: advogado e em prisão domiciliar;
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Jeovan Fleury Patini: preso;
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Alekssander Ricardo Tancredi: preso;
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Leandro Gomes dos Santos: preso;
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Diego Machado Sardella: preso;
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Rodrigo Santander Tosin: preso;
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Caio Cesar de Souza Guilherme: preso;
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Marcos Moretto Junior: preso;
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Alan de França Soares: preso;
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Lucas Henrique Marchelli: preso;
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Jesus Pedrosa de Almeida: preso;
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Vinicius Sales Canuto: preso;
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Aurélio Andrade de Lima: preso;
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Lucas Henrique Zanin dos Santos: preso;
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Neilo “Lagartixa” Ferreira e Silva: foragido;
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Alexandre Santos Medeiros: foragido;
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Cesar Augusto Pinheiro: foragido;
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Renato Mendes da Silva: foragido.
*Estagiário sob a supervisão de Vinicius Doria
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