BR-116

Motorista envolvido em acidente que deixou 39 mortos em MG é preso

Exame toxicológico do acusado de envolvimento no acidente, em 21 de dezembro, constatou cocaína, ecstasy e outras substâncias ilícitas. A colisão envolveu um ônibus de viagem, a carreta carregada com blocos de quartzito e um carro

A decisão judicial aponta ainda outras irregularidades, como excesso de velocidade – o caminhão trafegava a 90 km/h em um trecho com limite de 80 km/ -  (crédito: Bombeiros MG/Divulgação )
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A decisão judicial aponta ainda outras irregularidades, como excesso de velocidade – o caminhão trafegava a 90 km/h em um trecho com limite de 80 km/ - (crédito: Bombeiros MG/Divulgação )

O caminhoneiro Arilton Bastos Alves foi preso na manhã desta terça-feira (21/1), no Espírito Santo, pela Polícia Civil de Minas Gerais. Ele é acusado de envolvimento em um acidente na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), na cidade de Teófilo Otoni, ocorrido em 21 de dezembro, que resultou na morte de 39 pessoas. A decisão foi tomada pelo juiz Danilo de Mello Ferraz, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Teófilo Otoni, após novas evidências apontarem diversas irregularidades e uso de entorpecentes por parte do motorista.

De acordo com a investigação, Arilton consumiu cocaína, álcool etílico e outras substâncias, como MDA, alprazolam e venlafaxina, que foram detectadas em exames. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, destacou nas redes sociais que o condutor também utilizou drogas como ecstasy e rebites para se manter acordado. O juiz considerou que o caminhoneiro assumiu o risco de provocar o acidente, configurando dolo eventual.

A decisão judicial aponta ainda outras irregularidades, como excesso de velocidade — o caminhão trafegava a 90 km/h em um trecho com limite de 80 km/h —, sobrepeso da carga, falta de descanso, ausência de conferência das condições de transporte e o hábito do motorista de dirigir sob efeito de álcool. Em 2022, ele já havia sido penalizado por conduzir um veículo com sinais de embriaguez.

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O acidente envolveu um ônibus de viagem, a carreta carregada com blocos de quartzito e um carro. Arilton fugiu do local da colisão e se apresentou à polícia dois dias depois, sendo liberado na época. A nova decisão judicial levou em consideração sua conduta antes e após o acidente, além do depoimento de testemunhas. Segundo a defesa do motorista, a prisão preventiva foi recebida com surpresa e medidas jurídicas serão tomadas para garantir o devido processo legal.

*Estagiária sob supervisão de Rafaela Gonçalves 

Juliana Sousa
postado em 21/01/2025 15:46 / atualizado em 21/01/2025 15:48