
Por Caetano Yamamoto* — A ministra dos Povos Indígenas (MPI), Sonia Guajajara, e o secretário-executivo da pasta, Eloy Terena, estiveram na última segunda-feira (9/6) em retomadas Guarani e Kaiowá nas proximidades da Reserva Indígena de Dourados (MS) para entregar poços que garantem o acesso à água potável para as comunidades que sofrem com a escassez de água.
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O ministério realiza, em parceria com a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), uma série de iniciativas que garantem água potável para as comunidades indígenas nas retomadas — ação de resistência e ocupação territorial pelos povos indígenas com objetivo de reivindicar territórios que foram desapropriados ou ilegalmente ocupados.
“Eu fico muito feliz de vir aqui hoje e a gente poder abrir uma torneira e ter uma água boa, uma água limpa para vocês. Eu sei que no ano passado teve uma batalha muito grande aqui para lutarem pela água. A gente viu o apelo de vocês e agimos rapidamente para dar uma resposta”, disse Guajajara, referindo-se ao repasse de R$ 575 mil à UFGD para a perfuração de 20 poços.
Até o momento, 18 poços já foram perfurados, 15 desses estão totalmente operacionais, incluindo cerca, caixa d’água, bomba e painel solar para assegurar questões básicas de saúde, dignidade e sobrevivência para as famílias indígenas afetadas pela escassez de água na região.
Segundo o MPI, a articulação para garantir a resolução do problema para as comunidades Guarani e Kaiowá segue acontecendo, com a mobilização de mais recursos. O valor de R$ 53 milhões foi conseguido junto à bancada parlamentar para a construção, de forma estrutural, de uma solução que resolva o problema da água na região.
Trata-se de uma política pública estruturante em que a pasta garante, pela primeira vez, acesso à água em área de retomada, com o objetivo de promover o direito humano à água e ao enfrentamento das desigualdades históricas vividas pelos povos Guarani e Kaiowá em Mato Grosso do Sul. A parceria com a UFGD garante suporte técnico e científico na execução dos projetos, com respeito às especificidades socioculturais das comunidades atendidas.
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A pasta dos Povos Indígenas pretende mandar mais R$ 2 milhões para perfuração de novos poços e outras ações para auxiliar a escassez hídrica histórica. Essas ações estão em fase de articulação técnica e execução, em parceria feita pelo MPI com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) e o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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