
Ataques de Israel à Faixa de Gaza foram motivo de manifestações em cidades do Brasil neste domingo (15/6). Entre entidades sindicais, políticos e ativistas, estava, no protesto que tomou a capital paulista, o brasiliense Thiago Ávila, deportado pelo governo israelense na última quinta (12/6), conforme noticia a Folha de S.Paulo.
Em nota enviada ao Correio na segunda-feira (16/6), a Polícia Militar do estado afirma que “o ato, intitulado 'Contra o Genocídio na Palestina', teve início às 11h00 e encerrou-se às 16h30, transcorrendo de forma pacífica e sem incidentes”. Agentes, que “estiveram presentes para assegurar a ordem” do evento, realizaram “negociações com as lideranças do movimento para garantir um trajeto seguro e respeitoso, evitando possíveis pontos de conflito”.
Os atos, que ocorreram também em Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro e outras cidades brasileiras durante o fim de semana, se unem a um movimento internacional de mobilização em defesa do povo palestino e de condenação a posturas destrutivas de Israel. O objetivo, além de pedir por cessar-fogo, é apelar pela negociação de abertura de passagem que é controlada pelo Egito ao sul de Gaza, a fim de garantir fornecimento de ajuda humanitária.
Bandeiras palestinas e cartazes em apoio ao país do Oriente Médio que sofre com ataques militares israelenses desde 2023 faziam parte das mobilizações. Os manifestantes brasileiros, além de demonstrar revolta em relação à morte de pessoas em território palestino, cobram de Lula rompimento de relações diplomáticas com Israel.
Em Brasília, o protesto ocorreu no Eixão. Veja vídeo:
Em discurso realizado no ato de São Paulo, replicado pela Folha, o deputado federal Guilherme Boulos, do PSol, afirmou que “Gaza virou um campo de concentração a céu aberto” e que trata-se do “símbolo do apartheid contra o povo palestino no século 21”.
Além dos atos brasileiros, manifestações pró-Palestina ocorrem em algumas das cidades do mundo, como Londres, Paris, Istambul, Barcelona e Estocolmo — com a presença de Greta Thunberg.
Leia nota da Polícia Militar de São Paulo na íntegra:
“A Polícia Militar de São Paulo acompanhou e garantiu o direito à livre manifestação realizada ontem na Praça Roosevelt. O ato, intitulado “Contra o Genocídio na Palestina”, teve início às 11h00 e encerrou-se às 16h30, transcorrendo de forma pacífica e sem incidentes.
Policiais militares estiveram presentes para assegurar a ordem, proteger os participantes e garantir a segurança de todos. Foram realizadas negociações com as lideranças do movimento para garantir um trajeto seguro e respeitoso, evitando possíveis pontos de conflito.
O percurso incluiu deslocamento pela Rua da Consolação, Avenida Dr. Arnaldo e terminou na Praça Charles Miller. O evento ocorreu dentro dos princípios democráticos, sem registros de incidentes ou necessidade do uso de força para garantir a vida e integridade física de todos.
A Polícia Militar reafirma seu compromisso com a segurança pública e o direito à livre manifestação.”
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