
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, reforçou nesta quarta-feira (25/6) uma das marcas de sua gestão à frente da corporação. Disse que não há “espetacularização”, exposição indevida de investigados e nem japonês da federal (referência ao agente que ficou famoso na época da Operação Lava-Jato em prisões amplamente noticiadas) desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2023.
“Crime não se combate cometendo crime (paráfrase do que disse o ministro Gilmar Mendes, momentos antes), não se combate, e aí acrescento eu, com frase de efeito, com espetacularização, com exposição indevida de investigados, não se combate com pirotecnia, se combate com estratégia, com inteligência, com coordenação, com dedicação”, disse Andrei Rodrigues.
O diretor participava de um evento promovido pelo Instituto Esfera no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em Brasília. O painel do qual participou contou com a presença do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal; do procurador-geral da República, Paulo Gonet; e do ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas.
Desde que Andrei assumiu o cargo, a PF protagonizou diversos momentos importantes na política nacional, como os depoimentos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a prisão de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid e do general Walter Braga Netto.
Nenhum vídeo ou foto de momentos como esses vazou para a imprensa, como era comum durante a Operação Lava-Jato. No entanto, agentes da Polícia Federal continuam a abastecer diversos jornalistas com informações sigilosas.
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“No ano passado, a Polícia Federal fez mais de 9 mil prisões em flagrante. Prendemos um ex-presidente da República agora no mês passado, fizemos já buscas em órgãos públicos e outras prisões, ex-presidente por ordem do ministro da Suprema Corte. E aí eu pergunto para todos vocês — eu sempre faço essa pergunta e espero continuar fazendo até o fim da minha gestão — alguém viu a imagem de alguém preso, algemado, sendo ridicularizado durante as nossas operações?”, questionou.
E continuou: “Alguém sabe o nome de um policial federal, de um herói nacional, japonês da federal, um delegado não sei das quantas? Não, porque nossa política vai ao encontro do que foi dito: trabalhar com efetividade, com resultado, produzindo para o sistema de justiça criminal e não para efeitos midiáticos e sem conteúdo”, disse Andrei Rodrigues.
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