Apostas ilegais

Estado precisa frear o crime organizado nas bets, diz Febraban

Segundo Isaac Sidney, o poder público precisa agir para blindar o setor bancário de práticas ilegais utilizando casas de apostas

Segundo o presidente da Febraban, o poder público tem que ser mais firme para coibir a atuação ilegal de bets -  (crédito: Claudio Belli/Febraban)
Segundo o presidente da Febraban, o poder público tem que ser mais firme para coibir a atuação ilegal de bets - (crédito: Claudio Belli/Febraban)

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, disse nesta quarta-feira (25/6) que o Estado precisa agir com firmeza para impedir que o crime organizado continue a utilizar casas de apostas para ampliar atividades ilegais, como a lavagem de dinheiro.

“Nós precisamos todos agir com muita firmeza, Estado e setor público, para não permitir que o crime organizado se sinta encorajado e se sinta à vontade para ampliar os seus tentáculos por meio das casas de apostas para práticas de delitos financeiros”, disse Sidney.

A fala se deu em um seminário do Instituto Esfera sobre inteligência financeira contra o crime organizado. O evento foi realizado em Brasília e contou, também, com a participação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal; do procurador-geral da República, Paulo Gonet; e do ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas.

Para Isaac Sidney, é preciso blindar o setor bancário de práticas ilícitas utilizando casas de apostas. “A gente está vendo um bombardeio de publicidade na sociedade. Isso é diário, isso é contínuo. O poder público tem de ter a capacidade de separar o joio do trigo e de identificar quais são os efeitos sociais e econômicos, inclusive na saúde financeira e na saúde mental das pessoas”, destacou.

O presidente da Febraban apontou ainda que a regulamentação das bets foi uma escolha legislativa do Estado que precisa ser respeitada, mas disse que é preciso ter em mente que centenas de empresas “se movimentam nas sombras” e se aproveitam de pessoas vulneráveis para ganhar dinheiro.

“Achamos que ainda há muito que ser feito sobre a ótica regulatória, sobre a ótica da supervisão, sobre aspectos do mundo financeiro, do mundo econômico, do mundo social e até penal em relação a atuação das bets”, disse.

“Esse é um cenário que nos convida a conjugar esforços, sobretudo porque nós podemos ter aí o setor de apostas como um canal de riscos nada desprezíveis no uso indevido das apostas para lavar dinheiro”, completou Isaac Sidney.

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postado em 25/06/2025 12:05 / atualizado em 25/06/2025 12:10
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