Meio ambiente

"Educar para a sustentabilidade" é lutar por um mundo melhor, defende Marina

Ministra do Meio Ambiente defendeu ser preciso ir além do "ter" e focar no "ser" para combater desigualdades e mudanças climáticas. Fala foi feita no Congresso de Educação Ambiental dos Países de Língua Portuguesa, que acontece em Manaus (AM)

A ministra enfatizou a relevância da educação ambiental como ferramenta essencial para uma nova fase de desenvolvimento que não marginalize  -  (crédito: Adria Pimente / MMA)
A ministra enfatizou a relevância da educação ambiental como ferramenta essencial para uma nova fase de desenvolvimento que não marginalize - (crédito: Adria Pimente / MMA)

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fez um apelo enfático pela “educação para a sustentabilidade” durante a abertura do VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, na noite de segunda-feira (21/7). O evento, que acontece em Manaus, no Amazonas, serviu de palco para a ministra reiterar a necessidade de cooperação entre os países.

Em sua análise do cenário geopolítico mundial, a ministra propôs um “olhar de baixo para cima”, defendendo que acima das nações "está o enfrentamento da mudança do clima, acima de nós está a defesa da democracia, acima de nós está o combate à desigualdade, ao racismo, ao machismo, à homofobia. Isso é educar para a sustentabilidade", disse.

A ministra enfatizou ainda a relevância da educação ambiental como ferramenta essencial para uma nova fase de desenvolvimento que não marginalize ninguém. “Educar para a sustentabilidade significa a gente sair do ideal do ter para o ideal do ser, porque há limites para ter, mas não há limites para ser", acrescentou, sublinhando a importância de valores e propósitos sobre o acúmulo material.

Representando o ministro Camilo Santana, a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Kátia Schweickardt, reforçou a relevância da educação ambiental de forma transversal, especialmente para os mais vulneráveis, visando a justiça climática e ambiental. O secretário de Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Costa Taveira, por sua vez, frisou o papel da educação ambiental no empoderamento de jovens e comunidades tradicionais na defesa da floresta.

A 8ª edição do Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, considerado o maior evento da lusofonia na área socioambiental, tem como tema central "Educação ambiental e ação local: respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver", com discussões focadas na COP30, que ocorrerá em Belém (PA) em novembro deste ano.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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postado em 22/07/2025 15:32
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