No Goiás, um casal foi preso em flagrante após uma mulher morrer em um motel vítima de um procedimento de aborto clandestino. O crime foi cometido por um cirurgião-dentista, de quem a jovem estava grávida há cerca de dois meses, e por uma técnica de enfermagem, atual namorada dele. Em coletiva dada nesta segunda-feira (11/8), o delegado responsável pelo caso, Matheus Melo, detalhou as investigações. O crime aconteceu em 1º de agosto, em Ceres (GO).
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Segundo a Polícia Civil, a investigação concluiu que a tentativa de aborto foi feita com o consentimento da vítima, mas que os suspeitos “assumiram o risco de provocar o resultado de morte na vítima”. A dupla vai responder por aborto consentido e homicídio doloso qualificado.
Os agentes chegaram à conclusão após oitiva de testemunhas, laudos periciais, acesso às câmeras de segurança e aos celulares dos envolvidos. “Foram apreendidas imagens de câmeras de segurança do motel, em frente à academia, de onde a vítima saiu e entrou no carro e imagens de câmeras de segurança da UPA onde ela foi atendida”, destacou o delegado.
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Veja vídeo do momento em que os acusados chegam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
“Eles tinham conhecimento da área da saúde, pesquisaram sobre as formas de praticar aborto na internet dias antes do crime, tentaram comprar o cytotec pela internet, caíram até num golpe ao tentar comprar um remédio”, revelou Matheus Melo. “Posteriormente, através de pesquisas, descobriram que [outra substância] que poderia também causar o aborto”.
A mulher, que é técnica em enfermagem, teria sido a responsável por injetar o produto em soro fisiológico. Segundo a polícia, a acusada teria tentado injetar a substância em um dos braços da vítima, e a veia entupiu. Ela então aplicou no outro braço. Minutos depois, a jovem começou a ter convulsões. “A vítima chegou na UPA com parada cardiorrespiratória e sangramento constante no estômago”, detalhou o delegado.
O casal já está preso preventivamente desde sábado (2/8), quando passou por audiência de custódia e teve prisão em flagrante convertida em preventiva. Com a conclusão das investigações, a Polícia enviou o inquérito ao Ministério Público, que pode pedir novas diligências ou efetuar a denúncia.
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