
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apresentou, neste domingo (5/10), um balanço das ações da força-tarefa criada para combater a adulteração de bebidas alcoólicas no estado. A operação faz parte da resposta às dezenas de casos de intoxicação por metanol registrados nas últimas semanas, que colocaram São Paulo no centro da crise sanitária.
De acordo com os dados divulgados, 41 pessoas foram presas neste ano em razão de adulteração de bebidas, sendo 19 delas desde a última segunda-feira (2e9/9). As forças de segurança também fecharam quatro fábricas clandestinas e apreenderam 78,3 mil rótulos falsificados, 7 mil garrafas com conteúdo alcoólico e mais de 53 mil embalagens vazias.
Estamos trabalhando duro para identificar e punir todos os envolvidos na adulteração, fabricação e venda de bebidas falsificadas no Estado de São Paulo. Até o momento, mais de 40 pessoas foram presas, milhares de garrafas apreendidas e diversos estabelecimentos e fábricas… pic.twitter.com/b3QyhBFc79
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) October 5, 2025
Além das prisões e apreensões, o governo estadual informou que nove estabelecimentos comerciais foram lacrados e sete bares tiveram as inscrições estaduais suspensas. Desde sexta-feira (3/10), uma nova determinação prevê o cancelamento da inscrição estadual de locais flagrados vendendo bebidas adulteradas.
Apesar do avanço das investigações, o governo de São Paulo ainda não divulgou quais marcas foram falsificadas nem a linha principal de apuração sobre a origem das bebidas contaminadas. Tarcísio de Freitas também descartou, na última semana, o envolvimento da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no caso.
São Paulo concentra o maior número de intoxicações por metanol no Brasil. O estado já soma 162 notificações — 14 confirmadas e 148 em investigação —, distribuídas por 27 cidades. Sete mortes estão sendo apuradas, e a capital paulista apresenta o cenário mais grave, com 75 casos em investigação e 11 confirmações.
Até este sábado (4/10), a Prefeitura de São Paulo confirmou duas mortes por intoxicação: a do empresário Ricardo Lopes Mira, em 15 de setembro, e a de Marcos Antônio Jorge Júnior, de 46 anos, que faleceu na última quinta-feira (2/10) após ser internado com sintomas compatíveis com contaminação por metanol. A Secretaria Municipal de Saúde lamentou as duas perdas e reforçou o alerta para que a população evite o consumo de bebidas de procedência duvidosa.
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