
São Paulo — O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira (30/10) que a violência no Rio de Janeiro prejudica todo o Sistema Único de Saúde (SUS). Além de lamentar as mortes, ele disse que a operação policial realizada nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28), obrigou os profissionais da saúde a interromperem o atendimento para poderem se abrigar e assim se protegerem dos tiros.
Ele foi enfático e disse que o país precisa de paz, que o Rio de Janeiro precisa voltar à normalidade. “O mais importante para a saúde é a paz e a normalidade. A violência interrompe o atendimento, assusta pacientes e profissionais”, afirmou durante participação em São Paulo do 29º Congresso da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), evento que discute A nova ordem mundial da saúde.
Padilha disse ainda que o governo vem trabalhando para poder retomar os serviços e garantir a segurança das equipes médicas. “Os nossos profissionais tiveram de ficar protegidos dentro das carretas, interromper o atendimento. A expectativa é retomar o trabalho o mais rápido possível”, revelou.
Metanol
Sobre os casos de metanol nas bebidas alcoólicas, que acabou provocando a morte de algumas pessoas por intoxicação e deixando uma série de sequelas em outras, como perda de visão, Alexandre Padilha reforçou que a maioria dos casos ocorreu em São Paulo.
Ele afirmou que o SUS agiu rápido, fornecendo antídotos e facilitando os diagnósticos. “O Ministério da Saúde garantiu todos os antídotos, tanto o etanol farmacêutico quanto o fomepisol. A Unicamp foi exemplar na identificação dos casos suspeitos”, disse.
O ministro destacou ainda o trabalho realizado nos estados de Pernambuco e do Ceará, que se anteciparam e promoveram fiscalização e testes, descartando qualquer tipo de suspeita de vendidas adulteradas, evitando assim uma possível disseminação. “Foi um chamado de alerta aos comerciantes e produtores para verificarem a origem dos produtos e prevenirem novos casos”, concluiu
Padilha esteve em São Paulo para participar do 29º Congresso Abramge, no Painel Perspectiva da Saúde no Brasil. A programação do evento ainda contou com a participação do ministro aposentado Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). No fim da tarde, está previsto a palestra Uma análise econômica do Brasil, que será proferida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
*O repórter viajou a convite da Abramge
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