Espetáculo botânico no RJ: palmeiras florescem uma única vez antes de morrer
Exemplares foram introduzidos na cidade pelo lendário paisagista Roberto Burle Marx, na década de 1960
This view shows Talipot palms (Corypha umbraculifera) blooming for the first time at Aterro do Flamengo park in Rio de Janeiro, Brazil on December 8, 2025. An extraordinary botanical spectacle is captivating residents and tourists in Rio de Janeiro: several Talipot palms planted more than six decades ago are blooming for the first and last time in their lives. (Photo by Pablo PORCIUNCULA / AFP)
- (crédito: AFP)
Um espetáculo botânico extraordinário encanta moradores e turistas no Rio de Janeiro: palmeiras talipot plantadas há mais de seis décadas florescem pela primeira e última vez em suas vidas.
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Localizados no Aterro do Flamengo e no Jardim Botânico, os exemplares foram introduzidos na cidade pelo lendário paisagista Roberto Burle Marx, na década de 1960. Agora, com aproximadamente 65 anos, essas gigantes atingiram o ápice da sua existência.
A talipot (Corypha umbraculifera), nativa do sul da Índia e do Sri Lanka, é uma das maiores espécies de palmeira do planeta, e seus exemplares mais altos ultrapassam 30 metros. Sua característica mais surpreendente é que ela floresce apenas uma vez em toda a sua vida, um evento que ocorre quando ela atinge entre 40 e 70 anos.
"A palmeira talipot só frutifica uma vez na vida, e pode chegar a até 5 milhões de frutos", disse à AFP Marcus Nadruz, do Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio.
As inflorescências, ou flores agrupadas na planta, começaram em outubro, e formam enormes copas no topo das palmeiras, repletas de milhões de pequenas flores amareladas.
O processo completo, desde a abertura das primeiras flores até o amadurecimento dos frutos, levará cerca de um ano, segundo Nadruz. O esplendor tem um final inevitável: após a queda dos frutos, as palmeiras vão iniciar um processo irreversível de morte.
"Nasci em 1961, então ela tem a minha idade e está na flor da vida", comentou, emocionada, a carioca Deborah Faride, que vive em São Paulo e viajou especialmente para contemplar as plantas. "Temos a mesma idade e estamos florescendo juntas. Só com um detalhe: a talipot vai morrer, e eu vou continuar, se Deus quiser", acrescentou, sorridente, antes de continuar tirando fotos ao lado de uma amiga, com as palmeiras ao fundo.
O Jardim Botânico planeja colher as sementes para plantar novas mudas, e também vai distribuí-las para projetos de paisagismo em espaços públicos.
bur-ll/cjc/lb
This aerial view shows Talipot palms (Corypha umbraculifera) blooming for the first time at Aterro do Flamengo park in Rio de Janeiro, Brazil on December 8, 2025. An extraordinary botanical spectacle is captivating residents and tourists in Rio de Janeiro: several Talipot palms planted more than six decades ago are blooming for the first and last time in their lives. (Photo by Pablo PORCIUNCULA / AFP)
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