
A tarde de terça-feira (23/12) em Farroupilha, na Serra Gaúcha, ficou marcada por um tornado confirmado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul. O fenômeno ocorreu durante chuvas intensas e ventos fortes, que deixaram rastros de destruição em diversas partes do município. Na localidade de Vila Rica, cerca de 15 casas tiveram os telhados arrancados, e uma escola de ensino fundamental também sofreu danos em sua cobertura, embora estivesse desocupada no momento.
Fabio de Arruda Mezadri, coordenador da Defesa Civil de Farroupilha, afirmou ao portal g1 que até o momento não há registros de feridos. “Nós tivemos queda de postes, vários destelhamentos, pessoas em princípio desabrigadas. Nós ainda estamos fazendo os atendimentos e verificando se elas têm local para ficar ou se elas vão necessitar de apoio do município”, explicou.
Imagens aéreas indicaram que a tempestade avançou rapidamente sobre a região, com ventos que podem ter ultrapassado 100 km/h, criando um tornado de curta duração. Árvores de grande porte caíram em diferentes pontos, incluindo a Rua Pedro Antonello, no acesso ao bairro Primeiro de Maio, e uma estrada na comunidade de São Luiz. No bairro Imigrante, equipes de emergência atenderam destelhamentos em uma residência e em um prédio residencial na Rua Luis Sebben.
O alerta da Defesa Civil se estende a praticamente todo o estado, já que instabilidades com chuva moderada a pontualmente forte continuam ao longo da véspera de Natal. Desde segunda-feira (22/12), outros 17 municípios do Rio Grande do Sul registraram prejuízos causados pelas chuvas e ventos. Em Cândido Godoy, pontilhões e pontes ficaram parcialmente submersos, com interdição de estradas vicinais e divisas municipais. Campos Borges relatou acúmulo de água em vias, obstrução de estradas e casas afetadas. Em Erval Seco, ruas e pontilhões ficaram alagados em um intervalo de cerca de 30 minutos, interrompendo parcialmente a circulação.
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Mais 17 municípios prejudicados
Em Frederico Westphalen, o sistema de escoamento de água colapsou, alagando residências e estabelecimentos comerciais, incluindo 18 casas e sete comércios. O Corpo de Bombeiros precisou romper um muro residencial para liberar a água represada, mas não houve feridos. A cidade realizou vistorias, limpeza de bueiros e prestou apoio às famílias atingidas. Gaurama registrou destelhamento de casas e lojas, além da queda de árvores, enquanto Lajeado do Bugre enfrentou alagamentos rápidos em ruas e pontilhões.
Porto Lucena teve estradas danificadas, transbordamento de riachos e danos em lavouras, com vias interditadas e risco de açudes transbordarem. Em Porto Vera Cruz, pontilhões ficaram submersos temporariamente, interrompendo o tráfego. Roque Gonzales enfrentou alagamentos em vias rurais, quedas de barreiras e danos a lavouras, dificultando o tráfego. Rondinha registrou inundação tanto em áreas urbanas quanto rurais, e Sananduva sofreu alagamento em lojas do centro e danos parciais a telhados residenciais, com medidas emergenciais de retirada de árvores e colocação de lonas.
Santa Rosa precisou remover preventivamente três famílias para abrigo temporário, prestando apoio com acompanhamento técnico regional, totalizando 14 desabrigados e uma família desalojada, com retorno seguro após o rio voltar à calha. Em Santo Cristo, cinco residências registraram entrada de água, seguida de inundação em algumas casas, queda de muros e prejuízos em estradas e pontes rurais. Seberi precisou realizar salvamento de três pescadores ilhados devido ao transbordo de rio. Senador Salgado Filho teve alagamentos pontuais em vias rurais, com um veículo saindo da pista e caindo em um rio, sem feridos.
Soledade enfrentou a invasão de lama em 20 residências, agravada por loteamento irregular, e Tuparendi registrou acúmulo de água em ruas, calçadas e cinco casas, devido à capacidade de drenagem urbana excedida.
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