Saneamento básico

Mais da metade dos moradores de favelas vive em áreas sem bueiros, diz IBGE

Os dados estão no Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta sexta-feira (5/12)

Um total de 45,4% (7,3 milhões) dos moradores de favelas vivem em trechos de vias com bueiro ou boca de lobo. Enquanto 54,6% moram em áreas sem a presença dessa infraestrutura — fora de favelas, a proporção sobe para 61,8% de habitantes. Os dados estão no Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta sexta-feira (5/12).

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Entre as 20 favelas e comunidades urbanas mais populosas, o destaque é a Cidade Olímpica, em São Luís (MA), com apenas 16,3% de seus moradores em trechos de vias com bueiro ou boca de lobo, seguida por Coroadinho com 17,0%, também em São Luís (MA); Rocinha, por sua vez com 25,5%, no Rio de Janeiro (RJ); e Chafik/Macuco (27,9%), em Mauá (SP).

Entre as favelas com o maior percentual de moradores residentes em vias com essa estrutura, destaque para Baixadas do Condor (90,2%) e Baixadas da Estrada Nova Jurunas (77,9%), localizadas em Belém (PA), e Zumbi dos Palmares/Nova Luz (77,3%), em Manaus (AM).

As regiões Centro-Oeste e Nordeste tiveram os menores percentuais de moradores de favelas em vias com a presença de bueiro ou boca de lobo, com 11 dos 13 estados com proporção inferior a 40%, sendo que os mais baixos foram observados no Mato Grosso do Sul (6,0%) e Piauí (13,5%).

No Norte, Amapá (12,6%) e Roraima (19,3%) tiveram os menores percentuais em favelas, com as maiores diferenças em relação aos moradores fora desses territórios (50,3% e 54,4%). Por outro lado, 8 das 27 unidades da Federação possuem mais de 50% de seus moradores de favelas em trechos de vias com a presença de bueiro ou boca de lobo, com destaque para Sergipe (62,5%), Santa Catarina (61,8%), Espírito Santo (59,2%) e Rio de Janeiro (58,9%).

Nas grandes concentrações urbanas, houve baixo percentual de moradores em vias com bueiro ou boca de lobo nas favelas de Campo Grande/MS (7,0%), Teresina/PI (13,4%), São Luís/MA (25,8%) e Brasília/DF (26,2%). Já a diferença entre o percentual de moradores em trechos de vias com bueiro ou boca de lobo dentro e fora desses territórios foi mais acentuada em Campo Grande/MS (7,0% contra 54,4%) e Porto Alegre/RS (44,1% contra 86,1%).

Em valores absolutos, o destaque fica com São Paulo (SP), com 1,6 milhão de moradores de favelas em trechos de vias sem bueiro ou boca de lobo, seguido por Rio de Janeiro (RJ) com 694 mil, Recife (PE) com 626 mil e Salvador (BA) com 607 mil.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

https://www.correiobraziliense.com.br/webstories/2025/04/7121170-canal-do-correio-braziliense-no-whatsapp.html

 

 

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