O sono é uma parte fundamental da saúde humana, sendo recomendado que adultos durmam entre sete e nove horas por noite para garantir o bom funcionamento do corpo e da mente. No entanto, a vida moderna, com suas demandas e ritmo acelerado, muitas vezes impede que essa quantidade de sono seja alcançada. Como alternativa, muitas pessoas recorrem a sonecas durante o dia. Recentemente, um estudo trouxe novas perspectivas sobre os efeitos desse hábito.

Divulgado no congresso Sleep 2025 e publicado na revista Sleep, o estudo sugere que Cochilos diurnos mais longos podem estar associados a um aumento no risco de mortalidade em adultos de meia-idade e idosos. Os pesquisadores apontam que a duração e o momento dos Cochilos são fatores críticos, especialmente quando ocorrem ao meio-dia ou no início da tarde.
Quais são os efeitos dos Cochilos diurnos na saúde?
O estudo, liderado por Chenlu Gao, do Hospital Geral de Massachusetts, investigou a relação entre Cochilos diurnos e a mortalidade. Os resultados indicam que pessoas que dormem mais durante o dia ou têm padrões de sono irregulares podem enfrentar um risco maior de morte. Mesmo considerando fatores como saúde geral e estilo de vida, os Cochilos prolongados mostraram-se potencialmente prejudiciais.
A Academia Americana de Medicina do Sono recomenda que os Cochilos diurnos sejam limitados a 20 ou 30 minutos, preferencialmente no início da tarde. Enquanto Cochilos curtos podem melhorar o estado de alerta e o desempenho, Cochilos mais longos podem resultar em sonolência ao acordar, atrasando os benefícios esperados.
Como foi realizada a pesquisa?
O estudo analisou dados de 86.565 participantes do UK Biobank, um banco de dados biomédico do Reino Unido. Os participantes, com idade média de 63 anos, foram monitorados por actigrafia, uma técnica que registra o sono através do movimento, durante sete dias. Cochilos diurnos foram definidos como sono entre 9h e 19h, e os dados de mortalidade foram obtidos de registros nacionais.
Os resultados foram ajustados para fatores de confusão, como dados demográficos, índice de massa corporal, tabagismo, consumo de álcool e duração do sono noturno. Gao ressalta que, apesar das limitações do estudo, como a possibilidade de vigília silenciosa ser classificada como sono, os achados são importantes para entender o impacto dos comportamentos de sono diurno na mortalidade.
Como melhorar a qualidade do sono noturno?
Para garantir um sono reparador durante a noite e melhorar a disposição ao longo do dia, algumas práticas podem ser adotadas:
- Estabelecer uma rotina de sono: Dormir e acordar no mesmo horário todos os dias ajuda a regular o relógio biológico.
- Cuidar da alimentação: Evitar refeições pesadas e cafeína antes de dormir pode melhorar a qualidade do sono.
- Deixar o ambiente confortável: Um quarto escuro, silencioso e com temperatura agradável favorece o descanso.
- Evitar telas antes de dormir: A luz azul emitida por dispositivos eletrônicos pode interferir na produção de melatonina.
- Praticar técnicas de relaxamento: Atividades como meditação e respiração profunda podem ajudar a acalmar a mente antes de dormir.
Essas medidas podem contribuir para um sono mais saudável e, consequentemente, para uma melhor qualidade de vida. Ao compreender a importância do sono e adotar hábitos que promovam o descanso adequado, é possível minimizar os riscos associados a padrões de sono inadequados.
Entre em contato:
Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271







