O sono desempenha um papel vital na saúde mental e física, particularmente em relação ao envelhecimento cerebral. Uma pesquisa recente sugere que tratar a Insônia pode potencialmente proteger contra o declínio cognitivo. A Insônia, caracterizada por dificuldades para dormir ou manter o sono, afeta cerca de 12% dos americanos, segundo a Academia Americana de Medicina do Sono (AASM), o que levanta preocupações sobre suas consequências a longo prazo.
Os perigos da Insônia vão além da simples fadiga diurna. Pesquisas publicadas indicam que a Insônia crônica pode ser um fator de risco modificável para o declínio cognitivo, como sugere a Dra. Lara Motta. Um estudo que analisou 2.750 participantes ao longo de cinco anos mostrou que aqueles com Insônia têm um risco 40% maior de sofrer comprometimento cognitivo.
Quais são os impactos da Insônia na saúde cerebral?
A Insônia não se limita apenas a prejudicar o estado de alerta durante o dia. Alterações neurológicas devido à falta de sono afetam a estrutura e função do cérebro. Durante o sono, o cérebro realiza a limpeza de resíduos, evitando o acúmulo de proteínas associadas ao Alzheimer. Além disso, a Insônia compromete processos vitais como a consolidação da memória e a regulação emocional.

Segundo a Dra. Lara Motta, a Insônia é um fator frequentemente subestimado que pode contribuir para o aumento da neuroinflamação e prejudicar a plasticidade sináptica, impactando negativamente a cognição. Para os idosos, esse impacto pode ser amplificado.
Como a Insônia pode ser tratada de forma eficaz?
Felizmente, existem estratégias eficazes para tratar a Insônia e, assim, potencialmente prevenir o declínio cognitivo. A terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCCI) é considerada a abordagem mais eficiente. Esta terapia envolve o uso de princípios e ferramentas específicas para abordar e modificar comportamentos e pensamentos que perpetuam a insônia.
- Estabelecer uma rotina consistente de sono.
- Implementar técnicas de relaxamento antes de dormir.
- O ambiente de sono deve ser adequado: escuro, quieto e fresco.
Quais medidas adicionais podem auxiliar no combate ao distúrbio?
Além da TCCI, algumas mudanças de estilo de vida podem auxiliar na melhoria da qualidade do sono. Limitar o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir, reduzir o consumo de cafeína e álcool, e não permanecer na cama enquanto acordado são medidas recomendadas. A prática regular de exercícios também pode melhorar a qualidade do sono.
A conscientização sobre a Insônia e seus efeitos prejudiciais é fundamental. Pacientes idosos, especialmente, devem estar atentos aos sintomas não como uma inevitabilidade do envelhecimento, mas como um problema tratável. Consultar especialistas em sono como a Dra. Lara Motta pode ser necessário para aqueles que ainda enfrentam dificuldades mesmo após tentativas de mudanças de comportamento.
Embora haja ainda investigações em curso, a Insônia é um problema que não deve ser negligenciado. Intervenções simples, como terapia comportamental e ajustes no estilo de vida, podem levar a melhorias significativas para a saúde e qualidade de vida geral. Novas evidências mostram que até mesmo pequenas melhorias nos hábitos de sono podem ter efeitos positivos duradouros na função cognitiva.
Entre em contato:
Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271









