Morador do Guará esquartejado falsificava dinheiro para comprar droga

Anderson Rocha Alves, do Guará, foi executado, queimado e esquartejado por uma organização criminosa voltada para o tráfico na região administrativa. A vítima teria sido morta por pagar dívida com notas falsificadas

Sarah Peres
postado em 11/08/2020 17:39 / atualizado em 11/08/2020 18:15
Anderson foi morto em 19 de junho, por uma quadrilha de traficantes que dominava a boca de fumo
Anderson foi morto em 19 de junho, por uma quadrilha de traficantes que dominava a boca de fumo "Biqueira", no Guará - (crédito: Reprodução)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) confirma, por meio de perícia do Instituto de Criminalística (IC), que Anderson Rocha Alves, de 35 anos, teria envolvimento com falsificação de dinheiro, além de compra e venda de cadastros de terceiros para obtenção de chips telefônicos. A informação corrobora a versão inicial quanto à motivação da morte da vítima, que teria sido executada, queimada e esquartejada por ter pagado uma dívida com traficantes com notas falsas. 

O morador do Guará foi assassinado em 19 de junho, em uma boca de tráfico de drogas conhecida como "Biqueira" — próxima à linha de trem da região administrativa. O crime ocorreu a mando do líder da quadrilha, conhecido como Mancha. Após atear fogo no cadáver da vítima, partes do corpo foram jogadas em bueiros e foram encontradas na estação de tratamento de esgoto da Caesb, na Avenida das Nações, já em 23 de julho. 

Perícia do IC confirmou que a vítima falsificava dinheiro
Perícia do IC confirmou que a vítima falsificava dinheiro (foto: PCDF/Divulgação)

As investigações da 4ª Delegacia de Polícia (Guará) resultaram na prisão de três envolvidos: quatro são considerados foragidos. Em meio às buscas, os agentes solicitaram perícia do computador de Anderson para auxiliar na elucidação do caso, como explica o delegado-adjunto João de Ataliba. 

"O laudo comprova que ele possuía arquivos referentes à falsificação de cédulas de dinheiro. Isso corrobora com informação obtida por diversas testemunhas de que o Anderson foi morto porque pagou parte da dívida de drogas que tinha com a organização criminosa de Mancha com notas de dinheiro falsas", explica.

Foragidos

A primeira fase da Operação Desmancha, da 4ª DP, foi realizada na terça-feira passada (4/8). Identificou-se que o crime foi realizado por sete integrantes da organização criminosa, com o objetivo de fazer de Anderson como um "exemplo" para os demais usuários de droga da região. Foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. Dois acabaram presos e quatro estavam foragidos.

Na última sexta-feira (7/8), os agentes conseguiram capturar um dos criminosos, Rogaciano Rodrigues Cruz, conhecido como Wolwerine. Os policiais receberam uma denúncia anônima de que ele estava escondido em Águas Lindas de Goiás, município do Entorno do Distrito Federal. 

Quatro envolvidos no crime ainda são considerados foragidos. A polícia pede denúncias anônimas pelo 197
Quatro envolvidos no crime ainda são considerados foragidos. A polícia pede denúncias anônimas pelo 197 (foto: PCDF/Divulgação)

Agora, os investigadores contam com informações da população para chegar aos demais quatro foragidos: Carlos Alberto Lacerda Alves, conhecido como Mancha; Diego Queiroz Soares, conhecido como Gordinho ou DG; Lucas Rodrigues Miranda, conhecido como Lukinhas ou Sombra; e Jadson de Santana Santos, conhecido como Jackson ou Tochinha. Denúncias anônimas podem ser realizadas gratuitamente pelo 197. 

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    Perícia do IC confirmou que a vítima falsificava dinheiro Foto: PCDF/Divulgação
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    Quatro envolvidos no crime ainda são considerados foragidos. A polícia pede denúncias anônimas pelo 197 Foto: PCDF/Divulgação

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