Atropelamento

"Está muito abalada", diz irmão de jovem arrastada no Lago Sul

Paula Thais está consciente, após mais de uma semana internada em estado gravíssimo no Hospital de Base. A jovem arrastada por um carro durante um atropelamento se lembra da colisão, mas ainda não se sente preparada para falar

Sarah Peres
postado em 28/08/2020 18:17 / atualizado em 28/08/2020 18:17
Paula Thais se segurou ao capô do veículo, mas mesmo assim foi arrastada por 4 Km pelo motorista -  (crédito: Redes Sociais)
Paula Thais se segurou ao capô do veículo, mas mesmo assim foi arrastada por 4 Km pelo motorista - (crédito: Redes Sociais)

A jovem Paula Thais Gomes Oliveira, de 18 anos, acordou e está consciente, conforme informações da família da vítima. A mulher passou mais de uma semana em estado gravíssimo no Hospital de Base, intubada e sedada, após ser arrastada por cerca de 4 Km em um acidente de trânsito. O caso ocorreu em 16 de agosto, na QI 19 do Lago Sul.

De acordo com o irmão da jovem, Paulo Gomes, ela confirmou lembrar de como o motorista Caio Ericson Ferraz Pontes de Mello, de 32 anos, colidiu na motocicleta no radar de velocidade do Lago Sul. A mulher estava na garupa do veículo, conduzida pelo companheiro, Douglas Gonçalves dos Santos, 20.

“Ela acordou, está consciente e disse se recordar de todo o acidente. Mas ainda está muito abalada com tudo o que ocorreu. A única coisa que ela contou é que lembra da colisão, de parar embaixo do carro. Só que não quis dar nenhum detalhe, e como percebemos que ela se sente muito mal com tudo, não queremos forçá-la a reviver tudo em meio a recuperação física”, detalha.

O Correio também apurou que a equipe médica do Hospital de Base, onde Thais segue internada, desaconselhou que agentes da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) falem com a jovem neste momento. A orientação é que os investigadores aguardem que a vítima consiga lidar melhor com a situação.

Reação


Segundo o companheiro de Thais, o motoboy Douglas, Thais reagiu de forma inesperada à perda da mão e do seio esquerdo. “Ela olhou a mão e teve uma reação mais positiva, o que foi inesperado. Achei que ela ficaria muito abalada por causa da perda do membro, mas não, está lidando bem com isso”, conta.

Com o estado de saúde estabilizado, os familiares comemoram que a jovem não corre mais risco de morte. “Agora, podemos dormir em paz e com alívio no coração. Tudo o que queremos é que ela continue se recuperando e saia do hospital. Enquanto isso, aguardamos a investigação do caso para saber o que irá ocorrer. Nosso sentimento é de querer justiça”, destaca Douglas.

A reportagem entrou em contato com o advogado do assessor parlamentar Caio Ericson. Valdinei Cordeiro assumiu o caso na defesa do suspeito na última semana e disse, pelo telefone, que “todos estão à disposição da família da vítima para prestar o apoio necessário. Peço que, se eles tiverem qualquer necessidade, que nos acionem, pois estamos dispostos a ajudar.”

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